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Bolsas europeias caem após novo tombo em NY

Perdas ocorrem após queda de ações de gigantes de tecnologia em Nova York e em meio a preocupações com rixas comerciais entre EUA e China

Bolsas de valores: bolsas europeias operam pressionadas desde a abertura do pregão desta terça-feira (Jasper Juinen/Getty Images)

Bolsas de valores: bolsas europeias operam pressionadas desde a abertura do pregão desta terça-feira (Jasper Juinen/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 08h53.

São Paulo - As bolsas europeias operam pressionadas desde a abertura do pregão desta terça-feira, após um novo tombo de ações de gigantes de tecnologia em Nova York e em meio a preocupações com rixas comerciais entre EUA e China.

Ontem, algumas das maiores "techs" dos EUA voltaram a despencar em Wall Street, levando o Nasdaq a sofrer queda de 2,74% e zerar os ganhos que havia acumulado desde o começo do ano, movimento que contaminou outros índices acionários americanos.

O apetite por risco na Europa também é prejudicado pelo temor de que Washington e Pequim acabem se engajando numa guerra comercial declarada.

No domingo, a China foi adiante com uma ameaça de tarifar 128 produtos americanos estimados em US$ 3 bilhões, em retaliação à decisão dos EUA, no mês passado, de taxar importações chinesas de aço e alumínio. Nesta semana, a Casa Branca poderá definir novas punições tarifárias a mais US$ 60 bilhões em bens chineses.

O setor de tecnologia lidera as perdas na Europa, na esteira do último golpe sofrido pela Nasdaq. Há receios de que as empresas da área fiquem sujeitas a uma regulação mais rígida, após o recente escândalo envolvendo o uso ilegal de dados de milhões de usuários do Facebook e comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a varejista online Amazon não paga impostos suficientes.

Além disso, há relatos de que a Apple pretende produzir seus próprios chips para os computadores Mac, o que pressiona ações de fabricantes de semicondutores europeus.

O mercado alemão é o que exibe pior desempenho nesta manhã, após a divulgação de indicadores desfavoráveis da maior economia europeia. As vendas no varejo da Alemanha, por exemplo, sofreram queda de 0,7% em fevereiro ante o mês anterior. Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial alemão caiu mais que o esperado em março, a 58,2, de 60,6 em fevereiro, atingindo o menor nível em 15 meses.

Em toda a zona do euro, o PMI industrial atingiu em março o menor patamar em oito meses, a 56,6, mas o resultado veio em linha com as expectativas e apenas confirmou estimativa preliminar.

Já no Reino Unido, o mesmo PMI de manufatura surpreendeu positivamente e teve leve alta no mês passado, a 55,1. Contudo, a média do primeiro trimestre, também de 55,1, foi a mais fraca em um ano.

Às 7h54 (de Brasília), as perdas predominavam na Europa, mas pareciam limitadas pelo tom positivo dos índices futuros das bolsas de Nova York, que sugeriam ganhos na abertura dos mercados à vista dos EUA.

A Bolsa de Londres caía 0,21%, a de Paris recuava 0,35% e a de Frankfurt cedia 0,72%. Madri tinha baixa de 0,44% e Lisboa, de 0,29%, mas Milão ensaiava recuperação e subia 0,03%.

No câmbio, o euro se enfraquecia marginalmente, a US$ 1,2292, e a libra tinha leve alta, a US$ 1,4049. com informações da Dow Jones Newswires.

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