Mercados

Bolsas europeias caem afetadas por relatório dos EUA

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão em leve queda de 0,53%, aos 335,30 pontos


	Bolsa de Milão: o FTSEMib fechou a 19.095,32 pontos, declínio de 0,99% no dia e de 3,48% na semana
 (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Bolsa de Milão: o FTSEMib fechou a 19.095,32 pontos, declínio de 0,99% no dia e de 3,48% na semana (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 15h40.

São Paulo - Um dia depois de subirem em reação à sinalização de que o Banco Central Europeu (BCE) vai manter os estímulos à economia da zona do euro, as principais bolsas europeias fecharam em queda.

Também contribuiu para o movimento de baixa o relatório sobre empregos dos EUA em outubro, conhecido como payroll, que deu sinais divergentes sobre o mercado de trabalho norte-americano.

O índice Stoxx 600 encerrou a sessão em leve queda de 0,53%, aos 335,30 pontos.

O anúncio do presidente do BCE, Mario Draghi, de que levará o balanço patrimonial da instituição aos níveis do início de 2012 fez as principais bolsas europeias subirem ontem, mas o entusiasmo diminuiu após os mercados entenderem que o dirigente não anunciou propostas concretas sobre os passos futuros do BCE.

"Como ele (Draghi) planeja adicionar 1 trilhão de euros no balanço do BCE é tão misterioso quanto era há um mês", afirmou Kit Juckes, estrategista do Société Générale.

Nesta sexta-feira, 07, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a taxa de desemprego no país recuou para 5,8% em outubro, de 5,9% em setembro, o menor nível de desemprego desde 2008.

O resultado veio melhor que a previsão de analistas, que esperavam estabilidade na taxa.

Outro ponto positivo foi a revisão para cima nos números de setembro e agosto.

Juntos, nos dois meses foram criados 31 mil novos empregos a mais do que o informado previamente.

Por outro lado, o número de postos de trabalho criados em outubro ficou abaixo do esperado. A economia americana criou 214 mil empregos.

Analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam a abertura de 233 mil vagas. A criação de novas vagas e a taxa de desemprego são calculadas de forma independente.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,91%, a 9.291,83 pontos. Na semana, a queda foi de 0,38%.

Entre as ações alemãs, o destaque foi a Bayer, que recuou 2,14%.

Em Paris, o CAC-40 cedeu 0,89%, a 4.189,89 pontos, puxado por ações do setor bancário, com Société Generale em baixa de 2,40% e Crédit Agricole cedendo 2,91%. Na semana, a queda foi de 1,02%.

O FTSEMib, de Milão, fechou a 19.095,32 pontos, declínio de 0,99% no dia e de 3,48% na semana.

Em Madri, o IBEX-35 recuou 1,32%, a 10.126,30 pontos. Na semana, o índice cedeu 3,35%.

O PSI-20, de Lisboa, registrou perda de 0,69% no dia e de 1,53% na semana, fechando a 5.142,25 hoje.

Em direção contrária, o índice FTSE-100, em Londres, subiu 0,25%, a 6.567,24 pontos, impulsionado pela alta das ações de mineração e petróleo diante do aumento dos preços das commodities.

As ações da Fresnillo avançaram 4,93% e as da Royal Dutch Shell ganharam 2,42%. Na semana, o FTSE-100 fechou em alta de 0,32%.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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