Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em baixa, pressionados pela divulgação de indicadores econômicos mais fracos do que o previsto, que deixaram em segundo plano balanços positivos apresentados pelas empresas do país.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o número de pessoas que entraram com auxílio-desemprego na semana passada subiu 21 mil, menos do que a alta de 23 mil esperada por analistas. Em compensação, o índice de indicadores antecedentes medido pelo Conference Board subiu 0,4% em dezembro, ante expectativa de avanço de 0,8%, enquanto as vendas de imóveis residenciais novos caíram 2,2% em dezembro ante novembro, contrariando a projeção do mercado, de aumento de 1,9%.

O Dow Jones caiu 22,33 pontos, ou 0,18%, para 12.734,63 pontos, mas ao longo da sessão tocou o maior nível desde maio de 2008, de 12.841,95 pontos. O Nasdaq recuou 13,03 pontos, ou 0,46%, para 2.805,28 pontos. O S&P 500 teve declínio de 7,62 pontos, ou 0,57%, para 1.318,43 pontos. No ano, porém, o Dow Jones acumula alta de 4,2%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registram ganhos de 4,6% e de 7,5%, respectivamente.

"As pessoas estão dizendo 'olha, tivemos um bom avanço, preciso mesmo testar a sorte?' Houve uma série de movimentos favoráveis tanto diária quanto semanalmente no mercado de ações e os investidores estão ficando um pouco cansados e esperando para ver a direção que as bolsas vão seguir", disse Sam Stovall, estrategista de ações da S&P Capital IQ.

O declínio do Dow Jones foi limitado pelo balanço do quarto trimestre da Caterpillar. A companhia divulgou que seu lucro cresceu 60% na comparação com igual período do ano passado e suas ações fecharam em alta de 2,07%. Entre outros componentes do índice, a 3M subiu 1,27% depois de anunciar que seu lucro do quarto trimestre aumentou 2,8% em relação ao resultado obtido um ano antes. Já a AT&T teve um prejuízo de US$ 6,68 bilhões nos últimos três meses de 2011 e encerrou o dia em queda de 2,52%.

Fora do Dow Jones, o Netflix avançou 21% depois de divulgar que o número de assinantes cresceu no quarto trimestre. A J.C. Penney teve ganho de 17% depois de executivos afirmarem que a companhia passará por uma série de mudanças que custarão US$ 1 bilhão, mas não recorrerá a financiamentos.

A Colgate-Palmolive divulgou que seu lucro encolheu 5,4% no quarto trimestre, mas que as vendas cresceram no ritmo mais rápido em mais de um ano por causa da forte demanda na América Latina e na Ásia. As ações da companhia subiram 2,14%. As informações são da Dow Jones.