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Bolsas de NY recuam, com temor de impactos da Itália para cenário global

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,58% nesta terça (29), já o Nasdaq caiu 0,50% e o S&P 500 teve baixa de 1,16%

Bolsas de NY: Crise política na Itália levou a uma onda de vendas de ativos de risco pelo mundo (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsas de NY: Crise política na Itália levou a uma onda de vendas de ativos de risco pelo mundo (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h41.

São Paulo - As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, 29, com o quadro político na Itália preocupando investidores, diante da avaliação de que a crise no país europeu possa se disseminar e prejudicar o crescimento global, o que levou a uma onda de vendas de ativos de risco pelo mundo. Além disso, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China estiveram no radar.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,58%, em 24.361,45 pontos, o Nasdaq caiu 0,50%, a 7.396,59 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 1,16%, a 2.689,86 pontos.

Na Itália, continua a haver dificuldade para se chegar a um governo, o que pode levar a eleições antecipadas. O temor dos mercados é que partidos populistas se fortaleçam, ameaçando a disciplina fiscal e mesmo a presença do país na zona do euro. Além disso, existe o medo de que, caso a crise italiana se agrave, ela possa se disseminar.

Foram também acompanhadas as divergências entre China e EUA. Mais cedo, a Casa Branca informou que a lista de importações chinesas que sofrerão tarifas será anunciada até 15 de junho. O Ministério de Comércio chinês, por sua vez, disse que a posição americana contraria um acordo alcançado entre os dois países e um porta-voz afirmou que Pequim pretende defender seus principais interesses. Há o risco de que tarifas e retaliações prejudiquem o comércio pelo mundo, tirando fôlego do Produto Interno Bruto (PIB) global.

Em Wall Street, papéis do setor financeiro foram os mais penalizados pela cautela, com o setor em queda de mais de 3%. Entre algumas companhias importantes dessa área, Citigroup teve baixa de 3,99%, Morgan Stanley cedeu 5,75% e Goldman Sachs, 3,40%. American Express teve queda de 3,34%.

Papéis do setor de energia também caíram, embora com menos força, em jornada sem sinal único para o petróleo em Londres e Nova York. ExxonMobil teve baixa de 0,37%, enquanto Chevron perdeu 0,65%.

No setor de tecnologia, Apple recuou 0,36% e Microsoft caiu também 0,36%, mas Twitter avançou 1,22%.

Entre outras ações em foco, HP fechou em queda de 0,90%, acompanhando o mau humor geral, mesmo após elevar sua projeção para todo o ano, após um resultado trimestral forte. Fonte: Dow Jones Newswires.

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