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Bolsas de NY recuam com notícias da zona do euro

Há incerteza sobre até onde os líderes do bloco europeu conseguirão lidar com essa crise

Mesmo com baixa, a demonstração de boa vontade do economista Mario Monti em formar um novo governo na Itália, no cargo de primeiro-ministro, não deixa de ser positiva (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Mesmo com baixa, a demonstração de boa vontade do economista Mario Monti em formar um novo governo na Itália, no cargo de primeiro-ministro, não deixa de ser positiva (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 12h28.

Nova York - As bolsas nova-iorquinas operavam em baixa no início do pregão, enquanto digerem notícias sobre a zona do euro, que é onde o foco deve ficar nesta segunda-feira, na ausência de uma agenda forte nos Estados Unidos. Às 12h34 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,12%, o Nasdaq recuava 0,36%, e o S&P 500 tinha baixa de 0,47%.

A demonstração de boa vontade do economista Mario Monti em formar um novo governo na Itália, no cargo de primeiro-ministro, substituindo Silvio Berlusconi, não deixa de ser positiva. Ainda assim, há incerteza sobre até onde os líderes do bloco conseguirão lidar com essa crise. Além disso, dados fracos de produção industrial na região não ajudam a trazer muita esperança.

Um novo governo italiano deve ser organizado por Monti nos próximos dias para ser aprovado com o voto de confiança no Parlamento até a sexta-feira. Os principais partidos já garantiram apoio, mas querem tecnocratas no poder. Hoje, a Itália vendeu 3 bilhões de euros em bônus de cinco anos, mas com yield (taxa de retorno ao investidor) acima do leilão anterior. Segundo traders, o Banco Central Europeu teria comprado novamente bônus da Itália. Após o leilão, os contratos de cinco anos de Credit Default Swap (CDS) da Itália subiam 10 pontos-base para 535 pontos-base.

Na Grécia, o novo primeiro-ministro Lucas Papademos dará hoje os detalhes da agenda política para o novo governo às 15h (de Brasília) e o voto final deve ser na quarta-feira.

Toda essa crise na zona do euro continua impedindo a economia da região de reagir. A produção industrial da zona do euro caiu 2% em setembro ante agosto, a maior queda desde fevereiro de 2009, depois de ter subido 1,4% em agosto.

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