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Bolsas de NY recuam após queda na atividade industrial

Índice de atividade industrial abaixo das previsões do mercado e abismo fiscal influenciaram o desempenho das bolsas


	Imagem da Bolsa de Valores de Nova York: Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 registraram perdas na sessão desta segunda-feira
 (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

Imagem da Bolsa de Valores de Nova York: Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 registraram perdas na sessão desta segunda-feira (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 19h06.

As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, pressionadas por uma leitura negativa sobre a atividade industrial nos Estados Unidos. Nem mesmo dados positivos sobre o setor manufatureiro na Europa e na China foram suficientes para animar os investidores, que também estão preocupados com as negociações para evitar o chamado "abismo fiscal" - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos programados para entrar em vigor no começo do ano que vem.

O índice Dow Jones perdeu 59,98 pontos (0,46%) e fechou a 12.965,60 pontos. O Nasdaq recuou 8,04 pontos (0,27%), encerrando a 3.002,20 pontos. E o S&P 500 teve retração de 6,72 pontos (0,47%), para 1.409,46 pontos.

O índice de atividade industrial, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, em inglês), caiu para 49,5 em novembro, de 51,7 em outubro, e ficou abaixou das previsões de analistas, que esperavam retração para 51,0. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade. Mas os gastos com projetos de construção nos EUA subiram 1,4% em outubro, chegando ao maior nível em três anos, à medida que a construção de residências e apartamentos deu um salto, fornecendo um impulso à economia.

Enquanto isso, seguem as negociações sobre o "abismo fiscal". Mais cedo, os deputados republicanos fizeram uma contraproposta ao plano fiscal apresentado pelo presidente dos EUA, o democrata Barack Obama. O projeto prevê uma arrecadação adicional de US$ 800 bilhões com impostos, metade do valor proposto pela Casa Branca, mas uma quantia que os republicanos consideram possível de ser atingida. Segundo os republicanos, o projeto reduziria o déficit orçamentário em US$ 4,6 trilhões ao longo dos próximos dez anos.

Enquanto isso, Obama respondeu a perguntas sobre o "abismo fiscal" na rede de microblogs Twitter. Ele insistiu na necessidade de aumentar os impostos para aqueles que ganham mais de US$ 250 mil por ano, afirmando que o fim de brechas e deduções tributárias não é suficiente para elevar as receitas do governo.


Na Europa, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro subiu para 46,2 em novembro, de 45,4 em outubro, segundo dados da Markit, ficando inalterado em relação à leitura preliminar e em linha com a previsão dos economistas. Já o índice PMI industrial da China, medido pelo HSBC, atingiu o maior patamar em 13 meses, a 50,5 em novembro, ante 49,5 em outubro.

Ainda no noticiário macroeconômico, a Grécia e a Espanha ficaram mais uma vez sob os holofotes. O governo grego anunciou um plano para recomprar até 10 bilhões de euros em bônus em circulação, como parte do mais recente esforço para reduzir a dívida do país. Na Espanha, o governo pediu oficialmente a outros países europeus uma ajuda de 39,468 bilhões de euros para os bancos espanhóis nacionalizados.

No noticiário corporativo, as ações da Dell subiram 4,36%, para US$ 10,06, após o Goldman Sachs revisar sua recomendação para o papel para "comprar" e elevar o preço-alvo da ação para 12 meses a US$ 13,00, de US$ 9,00 anteriormente. Já a Dean Foods teve valorização de 2,28%, após chegar a um acordo para vender sua unidade Morningstar para a canadense Saputo por US$ 1,45 bilhão.

Entre as blue chips, a Dow Chemical perdeu 2,95% e o Morgan Stanley recuou 2,37%. Dos poucos papéis que encerraram a sessão no território positivo, o Goldman Sachs ganhou 0,52% e a Merck avançou 0,32%. As informações são da Dow Jones.

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