Mercados

Bolsas de NY fecham em queda e registram perda na semana

Bolsas foram pressionadas por um relatório decepcionante sobre o mercado de trabalho nos EUA


	Wall Street: O índice Dow Jones recuou 40,86 pontos (0,28%) e fechou a 14.565,25 pontos. O Nasdaq teve retração de 21,12 pontos (0,65%), encerrando a sessão a 3.203,86 pontos. O S&P 500 registrou queda de 6,70 pontos (0,43%), fechando a 1.553,28 pontos.
 (Spencer Platt/AFP)

Wall Street: O índice Dow Jones recuou 40,86 pontos (0,28%) e fechou a 14.565,25 pontos. O Nasdaq teve retração de 21,12 pontos (0,65%), encerrando a sessão a 3.203,86 pontos. O S&P 500 registrou queda de 6,70 pontos (0,43%), fechando a 1.553,28 pontos. (Spencer Platt/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 18h17.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em leve queda nesta sexta-feira, pressionadas por um relatório decepcionante sobre o mercado de trabalho nos EUA, e registraram perdas na semana. O índice Dow Jones recuou 40,86 pontos (0,28%) e fechou a 14.565,25 pontos. O Nasdaq teve retração de 21,12 pontos (0,65%), encerrando a sessão a 3.203,86 pontos. O S&P 500 registrou queda de 6,70 pontos (0,43%), fechando a 1.553,28 pontos. Na semana, o Dow Jones perdeu 0,09%, o Nasdaq caiu 1,95% e o S&P 500 recuou 1,01%. Para este último, o resultado marcou a pior semana de 2013.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou hoje que foram criadas apenas 88 mil vagas em fevereiro, quando os analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam abertura de 200 mil vagas. Mesmo assim, a taxa de desemprego caiu de 7,7% para 7,6%, atingindo o menor nível desde 2008. "Os números divulgados hoje reforçaram que a intensidade da recuperação econômica não é tão forte como o mercado esperava", comenta Michael Purves, estrategista-chefe global da Weeden & Co.

Analistas avaliam que o fraco relatório de emprego suspende temporariamente as discussões sobre possíveis mudanças na política monetária do Federal Reserve. O consenso é que o Fed terá de manter as ações de estímulo, por meio de compra de ativos, por mais tempo. Alguns também preveem que a geração de empregos poderá continuar sem vigor neste segundo trimestre, em meio ao efeito na economia dos cortes de gastos públicos e tendência de baixas contratações do setor privado.

Diante da situação decepcionante do mercado de trabalho, o outro indicador dos EUA acabou sendo ignorado. O déficit na balança comercial norte-americana apresentou uma queda inesperada em fevereiro, para US$ 42,96 bilhões, de um saldo negativo de US$ 44,46 bilhões no mês anterior. A previsão era de uma ligeira alta no déficit do segundo mês do ano, para US$ 45 bilhões.

As bolsas de Nova York estão oscilando em faixas relativamente estreitas nas últimas semanas, apesar dos principais índices acionários estarem muito próximos de suas máximas históricas. "O relatório do mercado de trabalho divulgado hoje nos deixou um pouco mais cautelosos sobre como vão ser as coisas no segundo trimestre", comenta Bob Baur, economista-chefe global da Principal Global Investors.

Hoje o setor tecnológico puxou o S&P 500 para baixo. A Hewlett-Packard (HP) caiu 1,48%, após anunciar ontem a saída do presidente do conselho administrativo, Raymond Lane, e mais dois diretores. A Cisco Systems perdeu 2,04% e a Juniper Networks teve desvalorização de 3,15%. A fabricante de hardwares F5 Networks despencou 19,05%, depois de alertar que seu próximo balanço deve ficar abaixo do esperado, em função da desaceleração das vendas nos EUA.

A Boeing avançou 1,44%. Hoje a companhia realizou um voo de demonstração para obter um certificado para a bateria do novo modelo 787 Dreamliner, cujos voos foram suspensos em vários países após seguidos problemas. A companhia disse que deve enviar os dados necessários para a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) do governo dos EUA "nos próximos dias".

Dos 30 componentes do Dow Jones, 18 fecharam no território negativo, incluindo a Alcoa, que na próxima semana dá a largada para a temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre deste ano. Entre outros blue chips, a American Express perdeu 2,14% e a Philip Morris teve retração de 1,91%. Já entre os destaques de alta aparecem Morgan Stanley (+1,08%) e JPMorgan (0,88%). As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingDow JonesMercado financeiroStandard & Poor'swall-street

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol