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Bolsas de NY fecham em alta puxadas por balanços

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, impulsionados pela divulgação de balanços positivos, que ajudaram a superar o receio dos investidores com a capacidade dos EUA de honrar seus compromissos no longo prazo. Ontem as bolsas tiveram queda acentuada, pressionadas pelo fato de a agência de classificação […]

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 22h45.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, impulsionados pela divulgação de balanços positivos, que ajudaram a superar o receio dos investidores com a capacidade dos EUA de honrar seus compromissos no longo prazo.

Ontem as bolsas tiveram queda acentuada, pressionadas pelo fato de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter rebaixado a perspectiva do rating dos EUA de estável para negativa, alertando que o perfil fiscal norte-americano pode se tornar "significativamente mais fraco" em comparação ao de outras economias que detêm a nota AAA.

"O que me espanta é a absoluta inconstância desse mercado e a velocidade com a qual o humor muda", disse Max Bublitz, estrategista-chefe da SCM Advisors. "Para mim, a tendência de alta ainda continua e o restante é ruído", acrescentou.

"Ontem foi um dia desconcertante para muitos investidores. Todos estavam preocupados com o crescimento e hoje as pessoas aparentemente estão mais confortáveis em relação a isso, embora no overnight" a situação possa mudar, disse Mike Boyle, gerente de carteiras de investimento da Advisors Asset Management.

O Dow Jones subiu 65,16 pontos, ou 0,53%, para 12.266,75 pontos, puxado pelo avanço de 3,69% nos papéis da Johnson & Johnson. A companhia anunciou que seu lucro encolheu 23% no primeiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, para US$ 3,48 bilhões, e que a receita cresceu 3,5%, para US$ 16,17 bilhões.

Os resultados, no entanto, superaram as estimativas do mercado. A Johnson & Johnson também elevou sua estimativa de lucro para o ano, o que contribuiu para o avanço de suas ações. Entre os demais índices, o Nasdaq teve ganho de 9,59 pontos, ou 0,35%, para 2.744,97 pontos. O S&P-500 avançou 7,48 pontos, ou 0,57%, para 1.312,62 pontos.

As ações de instituições financeiras encerraram o dia sem direção comum. O Goldman Sachs caiu 1,23% depois de ter divulgado que sua receita e seu lucro encolheram no primeiro trimestre. O resultado superou as estimativas do mercado, mas os investidores manifestaram receios com a sustentabilidade do lucro do banco.

"O Goldman está falando sobre a incerteza regulatória, citando a economia, a redução na atividade dos clientes. Vindo de um banco de investimento, isso quer dizer que há menos oportunidade para ganhar dinheiro com transações", disse Michael Shea, sócio-gerente da Direct Access Partners.

O Northern Trust perdeu 5,31% depois de anunciar que seu lucro do primeiro trimestre encolheu por causa das taxas de juros baixas, decepcionando os investidores. O Bank of New York Mellon fechou em baixa de 2,91% após divulgar um lucro com operações contínuas que ficou aquém das expectativas de analistas. O State Street anunciou uma receita e um lucro que superaram as previsões e subiu 2,28%.

No setor de tecnologia, as ações da Intel fecharam em alta de 1,02% e subiam 5,74% no after hours depois de a companhia anunciar que seu lucro cresceu 29% no primeiro trimestre, acompanhado por um crescimento de 25% na receita.

As ações da IBM caíram 0,33% no pregão regular, mas depois que a companhia anunciou um aumento de 10% no lucro do primeiro trimestre na comparação com igual período do ano anterior os papéis passaram a subir 2,1% no after hours.

"Os balanços estão sendo consistentes com a forma que o mercado está operando neste ano - volumes menores e menos certeza entre os gerentes de carteiras de investimento sobre onde aplicar o dinheiro", disse Shea, da Direct Access Partners. As informações são da Dow Jones.

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