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Bolsas de NY devem abrir em baixa; foco é em Bernanke

A expectativa dos investidores é com o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que pode sinalizar mais claramente sobre o futuro do programa de estímulos


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones futuro caía 0,12%, o Nasdaq tinha baixa de 0,57% e o S&P 500 recuava 0,10%
 (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones futuro caía 0,12%, o Nasdaq tinha baixa de 0,57% e o S&P 500 recuava 0,10% (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 12h18.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o primeiro pregão da semana em queda, segundo sinalizam os índices futuros.

A expectativa dos investidores é com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, nesta segunda-feira à noite, que pode sinalizar mais claramente sobre o futuro do programa de estímulos.

Às 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones futuro caía 0,12%, o Nasdaq tinha baixa de 0,57% e o S&P 500 recuava 0,10%.

"Em uma semana com vários indicadores e grandes balanços para serem divulgados, sobretudo dos bancos, o discurso de Bernanke hoje é certamente o evento mais esperado", avalia o economista-chefe para os EUA do banco canadense RBC Capital Markets, Tom Porcelli, em um e-mail enviado a clientes a clientes.

A expectativa de Wall Street é que o presidente do Fed dê sinais mais claros de como vai ficar a política de compra de ativos, que vem injetando US$ 85 bilhões por mês na economia, em uma tentativa de estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Porcelli aposta que Bernanke vai sinalizar que essa política deve acabar no fim deste ano.

Na última ata divulgada pelo Fed, na primeira semana deste ano, falava-se que não havia um consenso entre os dirigentes de quando essa política devia ser encerrada, se mais para o começo de 2013 ou mais para o fim do ano.

A previsão do RBC é que as compras de ativos se reduzam pela metade, para cerca de US$ 45 bilhões por mês, no começo do quarto trimestre.

Bernanke faz pronunciamento às 19h na Universidade de Michigan. O tema da palestra é "Política monetária, recuperação da crise financeira global e desafios de longo prazo para os EUA". Antes dele, mais dois dirigentes locais do Fed fazem pronunciamentos. Os chefes de São Francisco e Atlanta falam de perspectivas para economia norte-americana, respectivamente às 14h55 e 15h40.


Nas notícias corporativas, as ações da Apple recuavam 3,18% por volta das 12h15 no pré-mercado. O The Wall Street Journal informou que a empresa reduziu as encomendas aos fabricantes de componentes do iPhone 5, por causa das vendas menores que o esperado. A reportagem, citando fontes próximas à empresa de tecnologia, diz que os pedidos de telas para o período janeiro/fevereiro caíram pela metade do que inicialmente era projetado pela Apple.

O setor financeiro é outro que promete concentrar a atenção dos investidores. Os maiores bancos dos EUA divulgam seus balanços nos próximos dias, começando por Goldman Sachs e JPMorgan Chase na quarta-feira (16). No dia seguinte, saem Citigroup e Bank of America.

A expectativa dos analistas é que os lucros, em média, cresçam 15,9%, de acordo com pesquisa feita pelo FactSet. Entre as ações do setor, no pré-mercado o JPMorgan tinha queda de 0,59% e o do Bank of America perdia 0,09% no horário citado acima.

O setor automobilístico deve ser um dos destaques desta segunda-feira e dos pregões ao longo desta semana. Hoje começa o Salão Internacional do Automóvel de Detroit, um dos maiores do mundo do segmento, e os analistas vão estar atentos ao lançamento de novos modelos, tendências e projeções.

Em 2012, o segmento acabou surpreendendo e algumas montadoras tiveram forte crescimento nas vendas. A Chrysler registrou alta de 21% e a Ford, 5%. No pré-mercado, entre as ações do setor, a Ford tinha baixa de 0,21%.

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