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Bolsas de Nova York caem após dados sobre emprego nos EUA

Nova York - Notícias desanimadoras nos Estados Unidos e na Europa fizeram com que as bolsas de Nova York abrissem em queda hoje. No país, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho (payroll) apresentou dados abaixo do esperado, além de aumento da taxa de desemprego. No exterior, continuam pairando as incertezas e temores com […]

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 10h47.

Nova York - Notícias desanimadoras nos Estados Unidos e na Europa fizeram com que as bolsas de Nova York abrissem em queda hoje. No país, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho (payroll) apresentou dados abaixo do esperado, além de aumento da taxa de desemprego. No exterior, continuam pairando as incertezas e temores com Grécia, Portugal e Itália. Às 10h31 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,84%, o Nasdaq recuava 0,98%, e o S&P 500 tinha queda de 0,89%.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu para 9,2% em junho, o maior nível desde dezembro de 2010 e acima da estimativa de que ficaria estável em 9,1%. O mercado de trabalho criou apenas 18 mil empregos em junho, muito aquém das 125 mil vagas esperadas por analistas. Ainda nesta manhã, às 11h35 (horário de Brasília), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá comentar o resultado do payroll.

Os dados positivos sobre o mercado de trabalho divulgados esta semana não se confirmaram e daí a grande surpresa dos investidores. Dados do relatório da ADP/Macroeconomic Advisers tinham mostrado que o setor privado norte-americano criou 157 mil empregos em junho ante maio, bem acima das 95 mil novas vagas estimadas pelo mercado. Além disso, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego recuou 14 mil, para 418 mil, na semana passada, bem acima da expectativa de queda de 3 mil. E pesquisa da consultoria Challenger, Gray & Christmas mostrou que os cortes planejados atingiram 245.806, o menor nível em 11 anos.

Anteontem, Obama não deixou dúvidas de que está muito preocupado com o mercado de trabalho e disse que os empregos não estão sendo criados num ritmo rápido o suficiente para cobrir um buraco de 8 milhões de vagas eliminadas da economia durante a crise.

O presidente também tem grandes preocupações com o déficit do país. Ontem ele se reuniu com congressistas para negociar o aumento do teto da dívida de US$ 14,3 trilhões para evitar default (não pagamento das dívidas), mas houve pouco avanço nas conversas. Obama volta a discutir o assunto no Congresso no próximo domingo, ao mesmo tempo em que ganham força notícias de que o governo pode lançar mão de uma medida mais radical: o uso da 14ª Emenda da Constituição, que diz que "a validade da dívida pública dos EUA" não deve ser questionada.

Hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) se reúne para dar aval ao pagamento de mais uma parte do pacote de socorro de 110 bilhões de euros do ano passado para a Grécia. Além disso, o fundo irá discutir se o segundo pacote de ajuda deverá ter participação do setor privado.

Além da Grécia, a Itália também ocupa lugar de protagonista diante dos boatos de renúncia do ministro de Finanças, Giulio Tremonti, após o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, ter feito críticas a ele. Berlusconi tentou acalmar os ânimos, dizendo que suas frases foram tiradas do contexto. No front econômico, a produção industrial da Itália surpreendeu ao cair 0,6% em maio ante abril, contrariando a expectativa de alta de 0,1%.

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