Mercados

Bolsas de NY avançam com foco no setor corporativo

Fed diz também que política monetária não pode ficar frouxa. Índices sobem ignorando estimativas negativas do mercado imobiliário

Houve subida de 0,20% do Dow Jones e 0,44% do Nasdaq (Spencer Platt/Getty Images)

Houve subida de 0,20% do Dow Jones e 0,44% do Nasdaq (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 12h00.

Nova York - As Bolsas de Nova York sobem nesta manhã, ignorando os dados negativos do mercado imobiliário, assim como as crises no exterior. O foco recai sobre notícias corporativas positivas divulgadas hoje. Às 11h36 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,20%, o Nasdaq avançava 0,44% e o S&P-500 registraram alta de 0,08%.

Os preços de moradias para uma família nas 20 maiores cidades dos EUA caíram 1% em janeiro, em comparação com dezembro, sem ajustes sazonais, o representa o sexto recuo mensal consecutivo. Em comparação com janeiro do ano passado, os preços caíram 3,1%. Houve queda nos preços de casas em 19 de 20 áreas metropolitanas e Washington DC foi a única cidade onde os preços cresceram em janeiro.

Mais cedo, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Saint Louis, James Bullard, disse que a política monetária do país não pode permanecer frouxa para sempre e que o debate sobre a estratégia de saída será uma questão crucial em 2011. O discurso de Bullard deu força ao dólar durante a manhã.

Ontem, em pronunciamento na TV, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a ação militar na Líbia e disse que a intervenção dos aliados, ao estabelecer a zona de exclusão aérea, evitou um massacre naquele país. O ditador líbio, Muamar Kadafi, pediu, em carta, pelo fim do que chamou de "ataques bárbaros" ao país e comparou a ação dos aliados à de Adolf Hitler, na Segunda Guerra Mundial. Hoje, os países da coalizão se reúnem para discutir a situação da Líbia.

No Japão, não houve significativa piora na situação atual, mas a ameaça nuclear continua. Depois dos alertas sobre contaminação radioativa nos alimentos e na água, agora a operadora da usina de Fukushima, a Tokyo Electric Power (Tepco), informou que detectou plutônio altamente tóxico no local. Além disso, o governo estaria estudando nacionalizar a concessionária.

O Apollo Group informou hoje ter projetado uma queda na receita no ano fiscal de 2011 e de 2012. Já a Halliburton afirmou, ontem à noite, que a turbulência no Oriente Médio e no norte da África irá prejudicar seu lucro do primeiro trimestre em US$ 0,03 ou US$ 0,04 por ação. Já a mineradora Rio Tinto informou que continua em conversas para comprar Riversdale Mining, após não ter conseguido a participação majoritária que vinha tentando obter na companhia australiana.

O site Amazon anunciou ontem à noite que irá lançar novos serviços para compra, armazenagem de música e filmes, entre outros conteúdos digitais. Já a GE informou que irá pagar US$ 3,2 bilhões por 90% da fabricante de equipamentos de automação Converteam. Os papéis da Kodak também eram favorecidos no mercado, após notícias de que a fabricante de câmeras fotográficas ganhará ao redor de US$ 1 bilhão numa disputa de patente com a Apple e a Research In Motion (RIM).

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresDow JonesEstados Unidos (EUA)Mercado financeiroNasdaqPaíses ricos

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off