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Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 11h51.
Por Luciana Antonello Xavier
Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia em baixa, após o aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos ter decepcionado os investidores. Às 12h50 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,12%, o Nasdaq caía 0,18% e o S&P-500 registrava queda de 0,10%.
A impressão do mercado, com os indicadores mais recentes dos EUA, é de que a cada passo da economia para frente, o seguinte é dado para trás. Isso confirma o que disse ontem o Federal Reserve (Fed, o banco central do país), em seu Livro Bege. Para o Fed, a economia norte-americana ganhou vigor em 2010, mas "permanece tão débil que as pressões inflacionárias estão contidas e o mercado de mão de obra continua fraco".
O número de trabalhadores que entraram com pedido de auxílio-desemprego na semana passada nos EUA subiu 35 mil, para 445 mil, contrariando a expectativa de queda de 2 mil pedidos. Hoje, duas agências de classificação de risco, a Standard & Poor's e a Moody's, expressaram preocupação com a piora da situação fiscal dos Estados Unidos. Embora não tenham sinalizado que haverá mudança no rating (classificação de risco), Carol Sirou, diretora da S&P France, fez questão de dizer que "nenhum rating AAA é eterno". OS EUA têm nota A triplo com perspectiva estável nas duas agências.
Hoje, também foram divulgados dados sobre a inflação e o comércio exterior nos EUA. Os preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiram 1,1% em dezembro ante novembro, superando as estimativas de alta de 0,8%. O núcleo do índice ficou dentro do previsto, em alta de 0,2%. A expectativa agora recai sobre os preços ao consumidor, a serem divulgados amanhã.
A notícia positiva foi a de que o déficit comercial dos EUA foi menor em novembro, pelo terceiro mês consecutivo, ficando em US$ 38,31 bilhões, menos que os US$ 40,7 bilhões estimados por analistas. Ainda hoje, o presidente do Fed, Ben Bernanke, participa de uma conferência da Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês).
Na Europa, os ânimos se acalmaram ainda mais após os leilões de bônus desta manhã, feitos por Espanha e Itália, com a venda de 3 bilhões e 6 bilhões de euros, respectivamente. O yield (retorno ao investidor), no entanto, foi mais alto. Ontem, Portugal trouxe alívio ainda maior ao conseguir rolar sua dívida em leilão de bônus 1,25 bilhão de euros.
Ainda na Europa, como esperado, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (o banco central inglês) mantiveram suas taxa básicas de juros. O juro no Reino Unido permanece em 0,5% ao ano e o da zona do euro em 1% ao ano.