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Bolsas de NY abrem em alta em busca de recuperação

Já o Japão tenta desesperadamente resfriar os reatores nucleares em Fukushima, até agora sem sucesso

Nos últimos dias, os principais índices de ações dos EUA vêm sofrendo os impactos da crise japonesa (Spencer Platt/Getty Images)

Nos últimos dias, os principais índices de ações dos EUA vêm sofrendo os impactos da crise japonesa (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 12h09.

Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia em alta, com os mercados globais tentando conter os temores em relação à ameaça nuclear no Japão e à crise no mundo árabe. A queda de 16 mil nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada nos Estados Unidos, para 385 mil, também ajuda a impulsionar os negócios em Wall Street, já que o mercado esperava um recuo de 9 mil pedidos. Às 11h07 (horário de Brasília), o índice Dow Jones avançava 1,10%, o Nasdaq subia 1,18% e o S&P-500 registrava alta de 1,26%.

Nos últimos dias, os principais índices de ações dos EUA vêm sofrendo os impactos da crise no Japão. Apesar da recuperação esboçada hoje na abertura dos mercados, em Nova York, o gosto amargo segue sendo trazido por incertezas sobre o risco de faltar petróleo, que volta a impulsionar os preços da commodity. No Bahrein, o governo prendeu dissidentes hoje e continua usando a força para conter os protestos no país. Na Líbia, a força aérea bombardeou o aeroporto de Benghazi, cidade dominada pelos rebeldes. Os conflitos no país já duram um mês e o presidente Muamar Kadafi não dá nenhum sinal de que irá abandonar o posto que ocupa há 42 anos.

Já o Japão tenta desesperadamente resfriar os reatores nucleares em Fukushima, até agora sem sucesso. O número de mortos pelo terremoto seguido por tsunami na semana passada está em cerca de 5,5 mil. O norte do país está devastado e não pode recomeçar a reconstrução enquanto há risco explosões e vazamentos radioativos. Além disso, fábricas de grandes companhias no país seguem com produção parcialmente interrompida.

O Banco do Japão (BOJ, o banco central do país), por sua vez, tenta acalmar o sistema financeiro para evitar pânico, após o iene ter atingido uma alta recorde ante o dólar. Hoje a autoridade monetária injetou mais 5 trilhões de ienes no mercado para aumentar a liquidez.

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