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Bolsas de NY abrem em alta com balanços e Fed

Por Luciana Xavier Nova York - Sustentadas pelos ganhos fortes da Intel e do JPMorgan, e pela percepção de que haverá mais afrouxamento monetário nos Estados Unidos, as bolsas novaiorquinas abriram esta quarta-feira em alta. Às 10h31 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,29% aos 11.051,43 pontos, o Nasdaq avançava 0,58% para 2.432,01 pontos e […]

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2010 às 07h32.

Por Luciana Xavier

Nova York - Sustentadas pelos ganhos fortes da Intel e do JPMorgan, e pela percepção de que haverá mais afrouxamento monetário nos Estados Unidos, as bolsas novaiorquinas abriram esta quarta-feira em alta.

Às 10h31 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,29% aos 11.051,43 pontos, o Nasdaq avançava 0,58% para 2.432,01 pontos e o S&P 500 tinha alta de 0,49% aos 1.175,48 pontos.

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgada ontem, deixou claro que a janela para mais afrouxamento quantitativo continua aberta, uma vez que os juros já estão na faixa de 0% a 0,25%, e é dado como certo que o BC americano irá comprar mais Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de longo prazo no encontro do próximo dia 3 de novembro.

Mais pistas sobre o caminho a ser trilhado pelo Fed podem ser dadas no discurso de seu presidente, Ben Bernanke, hoje, em Pittsburgh (Pensilvânia), às 17h10 (de Brasília).

Os drivers para mais passos nessa direção são o mercado de trabalho ainda debilitado e a necessidade de gerenciar as expectativas de inflação. Na sexta-feira passada, o Departamento do Trabalho divulgou que a economia dos EUA cortou 95 mil empregos em setembro, bem mais do que os esperados 10 mil cortes, enquanto o setor criou apenas 64 mil empregos no mês passado.

A política de continuar injetando dólares na economia foi criticada várias vezes pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, que acabou domingo. Afinal, quando o assunto é guerra cambial, ao que parece o grande bandido são os EUA.

"Hoje o desequilíbrio mais importante é a expansão monetária norte-americana, usada para combater o baixo crescimento e o desemprego ainda elevado nos Estados Unidos. Isso ocasiona a grande injeção de liquidez na economia internacional. Não é o acúmulo de moedas de emergentes que vai assumir essa responsabilidade", afirmou Meirelles.

Já Mantega disse que as medidas de política monetária têm efeito até "certo ponto". "Política monetária é importante, mas tem seus limites".

O gerente de portfólio Stephen Moore, da Threadneedle Asset Management, disse ao site Marketwatch que quaisquer medidas de mais afrouxamento deve ser bem recebida pelo mercado de ações.

No cenário corporativo, a Intel, gigante de chips, anunciou aumento de 59% no lucro do terceiro trimestre, citando "sólida demanda". Os ganhos foram de US$ 2,96 bilhões ou US$ 0,52 por ação, acima da estimativa de analistas de ganhos de US$ 0,50 por ação.

O JP Morgan registrou salto nos lucros de 23% no terceiro trimestre, para US$ 4,42 bilhões ou US$ 1,01 por ação, superando estimativa de lucro de US$ 0,90 por ação.

A Apple deve colocar seus iPads à venda no Wal-Mart nesta sexta-feira, num movimento para popularizar o tablet.

A Microsoft anunciou ontem que vai lançar nove celulares baseados no Windows Phone 7, o sistema operacional desenvolvido ao longo de dois anos, e deve gastar US$ 100 milhões para promover o novo produto.

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