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Bolsas de Nova York abrem em alta antes de decisão do Fed

Mercados americanos esperam comunicado que será divulgado depois da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve

Investidores esperam que o Fed anuncie alguma sinalização de que ele está pronto para agir nos Estados Unidos se preciso (Mark Wilson/Getty Images)

Investidores esperam que o Fed anuncie alguma sinalização de que ele está pronto para agir nos Estados Unidos se preciso (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 10h50.

Nova York - Após o caos nos mercados ontem, as bolsas de Nova York abriram em alta hoje, enquanto esperam o comunicado que será divulgado depois da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Nos mercados asiáticos, no entanto, o dia foi de fortes perdas e na Europa, as bolsas registram volatilidade, algumas delas ainda pressionadas pelos temores com a crise na zona do euro. Às 10h34, o índice Dow Jones subia 1,12%, o Nasdaq avançava 1,49% e o S&P-500 estava em alta de 1,19%.

O que se espera do Fed hoje é alguma sinalização de que ele está pronto para agir se preciso. No lado dos juros, a munição acabou faz tempo, uma vez que as taxas estão na faixa de 0% a 0,25% desde dezembro de 2008. Mas o mercado quer ver como está a caixinha de instrumentos do banco central americano e sinais do que pode ser usado para evitar que a economia entre em nova recessão. Um programa de compra de títulos para dar mais liquidez no mercado (QE3), é uma das opções. A segunda rodada de alívio quantitativo, o QE2, que terminou em junho, injetou na economia US$ 600 bilhões.

"Comprar ativos seria talvez um dos remédios mais prováveis neste momento, mas não vemos o Fed pronto para dar este passo ainda, tendo em vista que ele ainda espera que a recuperação se acelere no segundo semestre", explicou o diretor para EUA do Barclays Capital, Michael Gapen, em entrevista ontem à Agência Estado.

Outra opção seria, por exemplo, estender o prazo dos títulos do Tesouro (Treasuries). A economista Terry Sheehan, da consultoria Stone & McCarthy, lembrou que o prazo médio do portfólio do Fed está abaixo de cinco anos. "O Fed pode ajustar seus títulos para talvez sete anos. Essa ação possivelmente teria pouco impacto negativo e poderia ser boa para ajudar a economia a passar por um momento difícil sem que o Fed tenha de aumentar o tamanho do seu portfólio. E ajudaria a assegurar ao mercado que o Fed é capaz de tomar ações efetivas", afirmou.

Hoje saíram dados de produtividade e custo da mão de obra no país. A produtividade da mão de obra nos EUA caiu 0,3% no segundo trimestre, depois de cair 0,6% no trimestre anterior, enquanto o custo da mão de obra teve aumento anual de 2,2% no segundo trimestre, ante alta de 4,8% no primeiro trimestre, ambos os dados em linha com as estimativas de analistas.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) comprou, pelo segundo dia seguido, bônus espanhóis e italianos, tentando conter os temores no mercado de que esses países podem ser os próximos a precisarem de socorro. Já a Standard & Poor's disse hoje que um rebaixamento da nota de crédito da França e do Reino Unido não está no horizonte dos próximos dois anos. E o ministro do Orçamento da França, Valerie Precesse, afirmou que o país tem que melhorar suas finanças para manter seu rating AAA, após o custo para garantir proteção contra a dívida da França ter subido a um patamar recorde ontem.

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