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Bolsas de Nova York recuam pressionadas pelo setor financeiro

Índice Dow Jones fechou em queda de 0,21%, aos 19.899,29 pontos; o S&P 500 caiu 0,08%, para 2.269,00 pontos

Bolsa de Nova York: investidores liquidaram papéis de companhias financeiras e migraram para os títulos da dívida americana e o ouro (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa de Nova York: investidores liquidaram papéis de companhias financeiras e migraram para os títulos da dívida americana e o ouro (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 20h00.

Nova York - As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam sem direção definida nesta quinta-feira, 5, ao passo em que os participantes recuavam de investimentos que ganharam popularidade nas últimas semanas, como ações de companhias financeiras.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,21%, aos 19.899,29 pontos; o S&P 500 caiu 0,08%, para 2.269,00 pontos; e o Nasdaq, na contramão, fechou em alta de 0,20%, aos 5.487,94 pontos.

Nesta sessão, os investidores liquidaram papéis de companhias financeiras e migraram para os títulos da dívida americana e o ouro, que são vistos como ativos seguros.

O movimento representa uma mudança do comportamento observado nas últimas sessões, construído sobre expectativas de maior crescimento e taxas de juros mais elevadas no governo do presidente eleito, Donald Trump.

Nas últimas semanas, no entanto, alguns analistas se questionam se essas posições não teriam se tornado muito lotadas. "Eu não diria que os movimentos provocados pela vitória de Trump se dissiparam, mas eu acho que o ritmo dessas negociações vai desacelerar até que comecemos a ver alguma prova", disse Art Hogan, estrategista da Wunderlich Securities.

O setor financeiro do S&P 500 - entre os que apresentaram o melhor desempenho desde a eleição - caiu 1,2%. A queda de papéis de empresas como Travelers, Goldman Sachs Group, J.P. Morgan Chase e American Express também pesaram sobre os índices.

"A maioria das pessoas estão tentando estender o sentimento positivo do ano passado, mas nós temos alguma cautela de que nos próximos meses alguma coisa pode mudar", disse Jeroen Blokland, da Robeco.

Entre os riscos que podem prejudicar o rali do mercado acionário está o ressurgimento de preocupações sobre a economia chinesa, além de dados corporativos desanimadores, segundo Blokland.

As ações do setor de consumo discricionário também despencaram depois que varejistas, incluindo a Macy's e a Kohl's alertaram sobre resultados fracos nos feriados do fim do ano. A Macy's viu seus papéis despencarem 13,90% e a Kohl's perdeu 19,02%.

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