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Bolsas da Europa têm dia de ganhos após estímulos do BCE

Dados positivos da economia da região, divulgados hoje, também contribuíram para o bom humor dos investidores

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 15h48.

São Paulo - As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 23, ainda reagindo ao relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) lançado ontem pelo Banco Central Europeu (BCE).

Dados positivos da economia da região, divulgados hoje, também contribuíram para o bom humor dos investidores.

O programa de estímulo econômico do BCE prevê a injeção de 60 bilhões de euros por mês no mercado com a compra de títulos públicos e corporativos ao menos até setembro de 2016.

"Com o BCE comprometendo-se com um grande e sustentado programa de QE, continuamos a acreditar que este será um bom ambiente para as ações e os créditos europeus, disse, em nota, Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank.

Os dados econômicos da região sinalizaram um cenário mais positivo.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que engloba os setores de serviços e industrial, da zona do euro subiu para 52,2 na leitura preliminar de janeiro, de 51,4 na leitura final de dezembro.

O resultado ficou levemente acima da previsão dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, de alta para 51,9.

Na França, o índice de sentimento das empresas do setor industrial ficou estável em 99 entre dezembro e janeiro, enquanto no setor de serviços, houve melhora de 95 para 103 no mesmo período.

No Reino Unido, as vendas no varejo em dezembro superaram as expectativas do mercado, impulsionadas pelo bom desempenho das redes de supermercados.

O crescimento foi de 0,4% em relação ao mês anterior e de 4,3% na comparação com dezembro de 2013.

Os analistas esperavam retração de 0,5% no mês e alta menor, de 3%, no ano.

Agora, as atenções se voltam para a eleição presidencial na Grécia, que acontece neste domingo.

As pesquisas de intenção de voto continuam apontando a liderança do partido de esquerda Syriza.

O mercado teme que, em caso de vitória, o Syriza rompa com o acordo de ajuda financeira ao país acertado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o BCE e a Comissão Europeia.

Em Londres, o FTSE-100 fechou em alta de 0,53%, aos 6.832,83 pontos, enquanto em Paris, o CAC-40 subiu 1,93%, para 4.640,69 pontos.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 2,05%, para 10.649,58 pontos, após bater a marca recorde de 10.704,32 pontos durante o pregão.

As ações da BMW saltaram 4,86% depois que o Morgan Stanley afirmou que a montadora é a mais beneficiada pelo QE.

Em Madri, o Ibex-35 teve elevação de 0,67%, para 10.581,50 pontos e, em Milão, o FTSE-MIB subiu 0,24%, para 20.519,75 pontos.

Na Bolsa de Lisboa, o PSI-20 ganhou 0,52%, aos 5.300,59 pontos, puxado pelas ações da Portugal Telecom, que saltaram 11,24% depois que os acionistas aprovarem a venda da operadora do grupo para a Altice por 7,4 bilhões de euros.

Na Bolsa de Atenas, o índice Athex fechou em alta de 6,14%, aos 840,44 pontos, reagindo à informação de que o país poderá fazer parte do QE desde que continue respeitando os termos de seu programa de ajuda.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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