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Bolsas da Europa sobem com dados positivos da China

Avanços foram limitados por dúvidas sobre futuro da política monetária dos EUA, enquanto agentes do mercado aguardavam discursos de três dirigentes do Fed


	Federal Reserve: as dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano mantiveram uma certa cautela entre os investidores
 (Karen Bleier/AFP)

Federal Reserve: as dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano mantiveram uma certa cautela entre os investidores (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 15h07.

São Paulo - Os mercados acionários da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 09, impulsionados pelos indicadores positivos da China. No entanto, os avanços foram limitados por dúvidas sobre o futuro da política monetária dos EUA, enquanto os agentes do mercado aguardavam os discursos de três dirigentes do Federal Reserve. O índice Stoxx Euro 600 fechou em alta de 0,22%, aos 317,21 pontos.

De acordo com dados divulgados no fim de semana, a China registrou superávit comercial de US$ 33,8 bilhões em novembro, maior que os US$ 31,1 bilhões de outubro e o maior saldo em quase cinco anos. As exportações explicam o resultado: no mês passado, embarques de produtos chineses aumentaram 12,7% na comparação anual, bem mais rápido que a velocidade de 5,6% vista em outubro.

O número do comércio exterior chinês é comemorado por economistas porque pode ser entendido como um sinal de que a atividade econômica começa a ganhar velocidade pelo mundo. Essa análise é especialmente encorajadora porque os números mostram que as exportações cresceram com velocidade expressiva para os EUA e Europa. Ou seja, a demanda nas duas regiões ganha tração e, por isso, as exportações crescem.

Por outro lado, as dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano mantiveram uma certa cautela entre os investidores. Após recentes resultados positivos de indicadores econômicos nos EUA, muitos agentes do mercado passaram a especular sobre a possibilidade de o Fed reduzir seu programa de compras mensais de títulos, atualmente em US$ 85 bilhões, talvez já em dezembro.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed se reúne entre os dias 17 e 18 de dezembro para reavaliar o curso do atual programa de política monetária. Hoje, discursos de três dirigentes do Federal Reserve devem dar mais sinais sobre uma possível medida da instituição.

Na França, o índice CAC 40 fechou em leve alta, de 0,11%, a 4134,10 pontos. Entre os ganhos de empresas, a GDF Suez teve alta de 2% depois que o Bank of America-Merrill Lynch elevou a recomendação do papel para "comprar".

O índice Dax, da Bolsa de Frankfurt, encerrou com avanço de 0,25%, a 9195,17 pontos, apesar dos fracos indicadores do país publicados mais cedo. A produção industrial e o saldo comercial da Alemanha tiveram queda em outubro.

Na Itália, o índice FTSE-Mib teve ganho de 0,89%, a 18.285,52 pontos. O Banca Monte dei Paschi di Siena liderou os ganhos, com alta de 4,9%, depois de um acionista afirmar que deve apoiar a emissão de ações com direito de voto, contanto que não seja no começo de 2014.

O índice FTSE, da Bolsa de Londres avançou 0,11%, a 6.559,48 pontos, depois de oscilar entre o terreno negativo e o positivo durante grande parte da sessão. O índice PSI 20, de Lisboa, registrou o maior avanço, de 1,18%, e encerrou o pregão aos 6.428,50 pontos.

Em Madri, o índice IBEX 35 teve alta de 0,92%, aos 9.487,40 pontos, após o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, defender a economia do país. A autoridade afirmou, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, que a Espanha não pode ser comparada a países como a Grécia, apesar das dificuldades que o país enfrentou.

"A Espanha fez muitas reformas estruturais e elas possibilitaram mais flexibilidade, mais competitividade à economia espanhola", afirmou o premiê. O governo espanhol enfrentou críticas por suas políticas de austeridade, que provocaram profundos cortes nos serviços públicos, mas Rajoy acredita que tudo foi em prol do crescimento. Com informações da Dow Jones.

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