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Bolsas da Europa fecham no vermelho em sua maioria

Na maior parte dos mercados, conflitos geopolíticos pesaram sobre os negócios, alimentados pela decisão do presidente dos EUA, Barack Obama, de atacar o Iraque


	Bolsa de Madri: as bolsas espanhola e italiana registraram ganhos hoje
 (Cristina Quicler/AFP)

Bolsa de Madri: as bolsas espanhola e italiana registraram ganhos hoje (Cristina Quicler/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 15h15.

São Paulo - As bolsas europeias seguiram sentidos opostos nesta sexta-feira, 08, com quedas no Reino Unido, França, Alemanha e Portugal e altas na Espanha e na Itália.

Na maior parte dos mercados, os conflitos geopolíticos pesaram sobre os negócios, alimentados pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de atacar o Iraque.

Nesta manhã, caças americanos bombardearam posições do grupo Estado Islâmico nas proximidades de Irbil, capital da região autônoma curda no nordeste do Iraque.

Essa foi a primeira ação militar americana no Iraque desde o fim oficial da guerra no país em 2011, tendo como objetivo retardar o avanço dos militantes extremistas islâmicos, que desde junho invadiram diversas regiões no norte e no oeste do país.

Além do Iraque, as crises na Ucrânia, na Faixa de Gaza e na Líbia continuam no radar dos investidores, que ainda acompanham os indicadores de atividade dos países.

Na Alemanha, o superávit comercial de 16,2 bilhões de euros em junho, inferior ao resultado de maio (18,8 bilhões de euros) e abaixo das previsões dos analistas (18,0 bilhões de euros) ajudou a levar o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, à retração 0,33%, para 9.009,32 pontos.

O balanço da Allianz agradou os investidores e garantiu alta de 0,49% aos papéis da companhia.

O crescimento de 1,3% entre maio e junho na produção industrial da França - acima da estimativa de aumento de 0,8% feita pelos analistas - não impediu o recuo de 0,05% no índice CAC-40, da Bolsa de Paris, que fechou aos 4.147,81 pontos.

Segundo operadores, os investidores estão cautelosos diante dos possíveis reflexos da guerra comercial com a Rússia.

Na Bolsa de Londres, as ações das petrolíferas caíram após os ataques ao Iraque, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, e contribuíram para a queda de 0,45% do FTSE-100, que fechou aos 6.567,36 pontos.

Os papéis da BP baixaram 0,93%, acompanhados pelos da BG Group (-2,33%) e da Royal Dutch Shell (-0,98%). O mercado britânico ainda foi influenciado pela balança comercial, com o déficit subindo para 9,4 bilhões de libras em junho, ante 9,2 bilhões em maio.

Na Bolsa de Lisboa, as ações do setor financeiro continuaram dando o tom dos negócios, reagindo à crise desencadeada pelo Grupo Espírito Santo.

O índice PSI-20 encerrou o pregão com queda de 0,80%, aos 5.409,55 pontos, puxado pelos papéis do Banco Comercial Português (-3,57%), do Banif (-4,17%) e do Banco BPI (-2,42%).

Na contramão do mercado, as bolsas espanhola e italiana registraram ganhos.

Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,26%, para 10.104,80 pontos, enquanto o FTSE-MIB de Milão teve elevação de 0,33%, aos 19.193,48 pontos.

Na semana, porém, todos os mercados contabilizaram perdas: FTSE-100 (- 1,67%), DAX (-2,18%), CAC-40 (-1,31%), FTSE-MIB (-5,73%), o Ibex-35 (-3,89%), PSI-20 (-6,69%). Com informações da Dow Jones Newswires.

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