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Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com perspectivas para política monetária do Fed

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,14%, a 477,60 pontos

Fed: órgão financeiro é presidido por Jerome Powell (Stefani Reynolds/Getty Images)

Fed: órgão financeiro é presidido por Jerome Powell (Stefani Reynolds/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 15h36.

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta sexta-feira, encerrando a última sessão antes do feriado de Natal com impulso das perspectivas para a política monetária no próximo ano. A divulgação de indicadores da economia norte-americana reforçou a visão de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 2024, o que deu ânimo a ativos de risco.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,14%, a 477,60 pontos.

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) americano avançou 2,6% na taxa anual de novembro, enquanto o núcleo subiu 3,2%, em desaceleração ao comparar com os números anuais de outubro, e abaixo das expectativas do mercado. Já as expectativas da inflação no longo prazo também apontaram para uma alta de preços mais branda daqui a um e cinco anos.

Os dados divulgados nesta sexta, de acordo com o economista-chefe dos EUA da Oxford Economics, Michael Pearce, são encorajadores para a economia americana e está "parecendo muito com um pouso suave". Depois dos dados, Pearce atualizou suas apostas de cortes de juros e espera que o Fed antecipe a redução de taxas para maio. O mercado, porém, segue divergindo de analistas e aposta em cortes começando já em março, com a ferramenta do CME Group indicando 88% de chance de redução na reunião de política monetária deste mês.

O Reino Unido informou nesta sexta que as vendas no varejo do país subiram 1,3% em novembro ante outubro, mas o PIB teve inesperada queda de 0,1% no terceiro trimestre ante o anterior. O resultado ameaça jogar a economia britânica em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração na atividade.

A Capital Economics prevê que essa situação se concretizará, embora a retração deva ser leve. "Independentemente de haver ou não uma pequena recessão, o panorama geral é que esperamos que o crescimento real do PIB permaneça fraco ao longo de 2024", projeta.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,04%, a 7.697,51 pontos. Na Espanha, o PIB cresceu 0,3% no terceiro trimestre ante o anterior e 1,8% no confronto anual. Neste ambiente, o índice Ibex 35, de Madri, subiu 0,08%, a 10.111,90 pontos.

As varejistas de produtos esportivos tiveram destaque negativo, depois que a Nike reduziu as projeções para o próximo ano e alimentou temores sobre a demanda para o setor. Em Frankfurt, Adidas e Puma recuavam 5,26% e 7,18%, respectivamente, mas o DAX subiu 0,05%, a pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,26%, a 30.353,29 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,53%, a 6.422,27 pontos, na máxima do dia. Por outro lado, o CAC 40 caiu 0,03% em Paris, a 7.568,82 pontos.

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