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Bolsas da Europa fecham em queda, com chance remota de alívio nos EUA em março; Unicredit salta

Powell, presidente do Fed, reafirmou que um corte de juros em março não é o mais provável

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) (Al Drago/Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) (Al Drago/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 16h06.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 16h46.

As bolsas europeias fecharam na grande maioria em queda nesta segunda-feira, 5, diante da cautela dos investidores à medida que fica cada vez mais remoto o início do corte da taxa de juro nos Estados Unidos em março.

Em entrevista transmitida pela CBS na noite de domingo, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reafirmou que um corte de juros em março não é o mais provável.

O presidente do banco central dos EUA disse ainda que deve "esperar para ver" dados antes de começar a flexibilizar a política monetária. Entre as ações na Europa, o Casino cedeu com incerteza sobre processo de reestruturação, mas o Unicredit disparou, após anúncio de recompra e dividendos aos acionistas.

Em Paris, o CAC-40 fechou em baixa de 0,03%, aos 16.904,06 pontos. Em Londres, o FTSE-100 cedeu 0,04%, aos 7.612,86 pontos e o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,08%, aos 16.904,06 pontos.

Na bolsa de Paris, a ação da Casino caiu 4,41%, em meio a incertezas sobre o processo de reestruturação da empresa, acionista do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil.

Na sexta-feira, a companhia informou ter recebido o aval das autoridades regulatórias competentes e que agora só depende do sinal verde da Justiça francesa. Segundo a imprensa local, a Junta Comercial de Paris deve analisar o caso ainda nesta segunda, mas sindicalistas trabalham para travar o negócio, diante do temor de que haja cortes de empregos.

Na bolsa de Milão, o índice FTSE MIB subiu 0,76%, aos 30.952,79 pontos, com os papéis do Unicredit liderando a alta dos bancos italianos.

O Unicredit subiu 8,10%, após a instituição bancária anunciar que pretende distribuir a seus acionistas 8,6 bilhões de euros referentes a 2023, ou € 3,35 bilhões a mais do que um ano antes, após o lucro no quarto trimestre do ano passado superar as projeções.

Contagiados pelo resultado, o Banca Monte dei Paschi di Siena avançou 3,81% e o Intesa Sanpaolo, 2,34%.

Em Madri, o IBEX-35 caiu 1,20%, perdeu os 10 mil pontos e fechou aos 9.941,30 pontos. O índice foi penalizado pelos papéis do Santander, que caíram 4,96%.

Segundo o Financial Times, o Lloyds e o Santander UK forneceram contas a empresas de fachada britânicas, supostamente de propriedade secreta de uma empresa petroquímica iraniana alvo de sanção, informou o jornal, citando documentos. Com base na sua investigação, o Santander disse que não viola as sanções dos EUA.

Em Londres, as ações do Lloyds recuaram 2,13%. Um porta-voz do Lloyds disse que as "atividades comerciais do credor são conduzidas para garantir o cumprimento das leis de sanções aplicáveis".

Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,54%, aos 6.223,45 pontos.

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