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Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectivas para BCs e ata do BCE, levando a recordes

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,77%, a 520,76 pontos

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 10 de maio de 2024 às 14h23.

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 10, com impulso das perspectivas para a postura dos bancos centrais. A ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE) foi divulgada nesta sexta, e mostrou dirigentes que defendiam um corte de juros já neste encontro. Neste cenário, as bolsas de Londres, Frankfurt e Paris renovaram recordes históricos de fechamento.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,77%, a 520,76 pontos.

O PIB do Reino Unido cresceu 0,6% no primeiro trimestre, o dobro do que se esperava, significando que a economia britânica superou a recessão em que havia entrado no fim do ano passado. Apenas em março, a produção industrial britânica teve leve avanço de 0,2%, ante previsão de estabilidade.

Os números do Reino Unido vieram um dia após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deixar seu juro básico inalterado em 5,25% pela sexta vez consecutiva, mas sinalizar que se prepara para começar a reduzir a taxa.

Analistas da Capital Economics preveem que o corte inicial do juro do BoE virá em junho. Mais cautelosos, os do ING apostam em agosto. Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,63%, a 8.433 76 pontos.

Alguns dirigentes do BCE avaliaram que havia condições de cortar juros na reunião de política monetária de 10 e 11 de abril, quando os juros básicos da zona do euro ficaram inalterados pela quinta vez seguida, segundo ata do encontro publicada nesta sexta-feira. Na ocasião, porém, a grande maioria dos dirigentes optou por manter os juros e houve amplo consenso de que seria "prudente" aguardar até a próxima reunião, em junho, para obter mais evidências de que a inflação está caminhando para a meta oficial, - que é de taxa de 2% - de forma sustentada e oportuna, afirma o documento.

A ata da reunião de abril do BCE confirma que a autoridade monetária vai começar a reduzir juros em junho, a menos que surjam grandes surpresas nas próximas quatro semanas, segundo avaliação do ING.

De acordo com a Bloomberg, o dirigente do BCE Frank Elderson disse nesta sexta-feira que a autoridade provavelmente cortará juros em junho se a perspectiva de inflação for confirmada por novas projeções trimestrais.

Da temporada de balanços corporativos europeus, que está chegando ao fim, destaque para a Iveco, que teve forte avanço no lucro do primeiro trimestre e reafirmou projeções para o ano. A ação da fabricante italiana de caminhões e ônibus subiu 0,34% em Milão, onde o FTSE MIB avançou 0,93%, a 34.657,35 pontos. Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,38%, a 18.756,86 pontos.

Em Paris, o CAC 40 subiu 0,38%, a 8.219,14 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 0,56%, a 11.111,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 1,15%, a 6.911,82 pontos.

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