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Bolsas da Europa fecham em alta após acordo sobre Grécia

Os ministros do Eurogrupo aprovaram a lista inicial de reformas submetida por Atenas, o que dá aval à extensão do auxílio financeiro por mais quatro meses


	Bolsa de Londres: bolsa fechou no maior patamar da história após semanas ensaiando atingir a marca
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: bolsa fechou no maior patamar da história após semanas ensaiando atingir a marca (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 15h39.

Londres - As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, 24, influenciadas pelo resultado das negociações sobre o plano de resgate da Grécia.

Os ministros do Eurogrupo aprovaram a lista inicial de reformas submetida por Atenas, o que dá aval à extensão do auxílio financeiro por mais quatro meses.

Em comunicado, porém, os ministros de Economia que compõem o Eurogrupo disseram que precisarão do aval de seus respectivos parlamentos para "chegar a uma decisão final sobre a extensão", e que a proposta ainda precisa ser mais detalhada pelo governo de Atenas. O novo prazo é abril.

Para Sue Trinh, estrategista de câmbio da RBC Capital Markets, o acordo "não deixa nada resolvido, e as coisas podem voltar a desandar novamente em abril", quando os credores internacionais devem reavaliar as propostas de reforma de Atenas.

"Mas, pelo menos por enquanto, parece que ficamos mais próximos de um cessar-fogo", disse.

Os mercados também reagiram bem ao depoimento que a presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Janet Yellen, deu ao Senado.

Ela se mostrou positiva quanto ao desempenho econômico do país, condição essencial para o início da elevação dos juros.

Embora Yellen tenha alertado que o processo de elevação dos juros ainda depende de mais dados positivos da economia, muitos investidores entenderam seu discurso como mais uma indicação de que isso deve acontecer em meados deste ano.

Neste cenário, ficou em segundo plano a confirmação de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,6% em janeiro, a maior desde julho de 2009.

Na UE, houve recuo de 0,5% na mesma comparação, a maior da série histórica.

Em Londres, a bolsa fechou no maior patamar da história após semanas ensaiando atingir a marca.

O índice FTSE-100 fechou com alta de 0,54%, aos 6.949,63 pontos, ultrapassando a máxima anterior de 6.930,20 pontos.

Entre os destaques positivos, as ações da mineradora BHP Billiton subiram 6,24% após a divulgação de um bom resultado financeiro.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,67%, aos 11.205,74 pontos, e em Atenas, o índice ASE avançou 9,81%, aos 937,96 pontos, o maior índice desde dezembro.

Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 0,50%, aos 4.886,44 pontos, o maior nível desde junho de 2008, ajudado pelos papéis da GDF Suez, Veolia e EDF, que avançaram, respectivamente, 2,31%, 2,55% e 2,11%.

O índice FTSE-Mib da bolsa de Milão terminou a sessão em alta de 0,84%, aos 22.149,75 pontos, enquanto o índice IBEX-35, da bolsa de Madri, avançou 0,68%, terminando aos 11.064,50 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI-20 terminou na máxima do dia, aos 5.588,87, alta de 1,72%.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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