Mercados

Bolsas da Ásia e Pacífico seguem Wall Street e sofrem tombo

Movimento global de baixa começou na sexta-feira em meio a temores de que o Fed pudesse elevar os juros básicos dos EUA até quatro vezes este ano

Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam com robustas perdas nesta terça-feira (./Divulgação)

Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam com robustas perdas nesta terça-feira (./Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 08h09.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam com robustas perdas nesta terça-feira, seguindo o comportamento dos mercados acionários de Nova York, que ontem sofreram tombos de 3,8% a 4,6%.

Apenas o Dow Jones despencou mais de 1.100 pontos na segunda-feira, registrando sua maior queda em pontos da história.

O movimento global de baixa começou na sexta-feira (02), em meio a temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pudesse elevar os juros básicos até quatro vezes este ano - diante de sinais de melhora da economia americana -, e se aprofundou ontem em Wall Street.

Com a turbulência recente nos mercados globais, os futuros do Fed funds indicam agora possibilidade de 26% de que o BC americano eleve juros três vezes ao longo de 2018, ante 35,5% na sexta-feira, segundo dados do CME Group.

Já a probabilidade de dois aumentos de juros nos EUA cresceu de 27% para 35% e as chances de quatro elevações diminuíram de forma marcante, de 21% para 9%.

Em Tóquio, o Nikkei caiu 1.072 pontos hoje, ou 4,73%, a 21.610,24 pontos, com o índice japonês entrando em território de correção após acumular perdas de mais de 10% desde a máxima que atingiu em janeiro.

Pelo segundo dia consecutivo, o Nikkei registrou nesta terça seu maior tombo porcentual desde que Donald Trump foi eleito presidente dos EUA, em novembro de 2016.

Em pontos, o recuo do índice foi o maior desde junho de 2016, quando o Reino Unido votou a favor do chamado "Brexit", como é conhecido o processo para a retirada do país da União Europeia.

Em seu pior momento do pregão, no entanto, a queda do Nikkei chegou a atingir mais de 7%.

Na China, o Xangai Composto recuou 3,35%, a 3.370,65 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 4,44%, a 1.726,09 pontos, atingindo o menor patamar desde março de 2016. O tombo do Hang Seng em Hong Kong foi ainda mais expressivo, de 5,12%, a 30.595,42 pontos.

Em outras partes da região asiática, o sul-coreano Kospi caiu 1,54% em Seul, a 2.453,31 pontos, enquanto o Taiex recuou 4,95% em Taiwan, em sua maior queda desde agosto de 2011, a 10.404 pontos, e o filipino PSEi registrou baixa mais moderada em Manila, de 0,76%, a 8.550,42 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana voltou para os níveis de meados de outubro, depois de apresentar sua maior queda em um único dia desde o fim de 2015.

O S&P/ASX 200 caiu 3,20% em Sydney, a 5.833,30 pontos. Nesta madrugada, o Banco Central da Austrália (RBA, pela sigla em inglês) confirmou as expectativas e manteve sua taxa básica de juro na mínima histórica de 1,5%, nível em que se encontra desde agosto de 2016.

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresChinaDow JonesJapãoMercado financeiro

Mais de Mercados

Tecnisa faz acordo com Cyrela para venda de sete terrenos em SP por RS 450 milhões

Carro autônomo da Tesla se 'autoentrega' da fábrica até a casa do cliente. Esperança para Musk?

Marfrig investe R$ 548 milhões em novo complexo industrial e triplica capacidade de abate

Dólar fecha em queda em meio a ruídos sobre tarifas no exterior