Mercados

Bolsas da Ásia e do Pacífico fecham sem direção única

Os mercados chineses encerraram o dia no azul, após novas medidas do PBoC e dados favoráveis sobre o setor imobiliário, mas o dia foi de bastante volatilidade


	China: os mercados chineses encerraram o dia no azul, após novas medidas do PBoC e dados favoráveis sobre o setor imobiliário, mas o dia foi de bastante volatilidade
 (ChinaFotoPress/Getty Images)

China: os mercados chineses encerraram o dia no azul, após novas medidas do PBoC e dados favoráveis sobre o setor imobiliário, mas o dia foi de bastante volatilidade (ChinaFotoPress/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 08h34.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta segunda-feira, ainda sob influência de preocupações com a desaceleração da China e a tendência de fraqueza dos preços do petróleo.

Os mercados chineses encerraram o dia no azul, após novas medidas do PBoC (o BC chinês) e dados favoráveis sobre o setor imobiliário, mas o dia foi de bastante volatilidade.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,45% hoje, a 19.237,45 pontos, pressionado pelo setor de energia, que teve queda de 2,5%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi ficou praticamente estável em Seul, com baixa marginal de 0,02%, a 1.878,45 pontos.

No mercado taiwanês, por outro lado, o Taiex registrou alta moderada de 0,6%, a 7.811,18 pontos, recuperando-se de um início de sessão fraco.

Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,4% hoje, a 2.913,84 pontos, depois de sofrer um tombo de 3,6% no pregão anterior e entrar em "território baixista", ao acumular perdas de mais de 20% em relação a sua máxima mais recente.

O Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 1,9%, a 1.830,33 pontos, apagando parte da desvalorização de 3,4% vista na sexta-feira.

Os mercados chineses tiveram mais um pregão volátil, mas a tendência positiva prevaleceu após o PBoC anunciar que vai cobrar um compulsório sobre depósitos onshore em iuanes de bancos estrangeiros envolvidos em negócios com a moeda chinesa no chamado mercado offshore, ou seja, em Hong Kong.

Em comunicado, o PBoC informou que o compulsório será elevado de zero para "níveis normais" a partir de 25 de janeiro, sem especificar a taxa. Para a maioria dos bancos chineses, o compulsório costuma ser de 17,5%.

Já no mercado onshore, em Xangai, o PBoC orientou hoje o iuane para cima frente ao dólar, por meio de sua taxa de paridade diária. Com isso, o dólar fechou a sessão desta segunda em baixa de 0,1%, a 6,5793 iuanes.

Além disso, os últimos dados sobre preços de novas moradias nas 70 maiores cidades chinesas mostraram que o setor imobiliário doméstico continua se recuperando.

Em dezembro, os preços subiram 0,20% ante novembro, marcando o oitavo aumento consecutivo. Na comparação anual, os preços avançaram 0,24%, revertendo queda de 0,40% vista em novembro.

A melhora vista nas bolsas da China, porém, poderá durar pouco. Na virada de hoje para amanhã, serão divulgados vários indicadores relevantes do gigante asiático, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. Investidores estimam que o PIB chinês cresceu em torno de 7% no ano passado, no ritmo mais fraco em um quarto de século.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom negativo de Hong Kong, com as perdas também puxadas pelo setor de energia. O S&P/ASX 200, que reúne as ações mais negociadas em Sydney, recuou 0,7%, a 4.858,70 pontos.

O índice australiano acumula desvalorização de cerca de 19% desde sua máxima mais recente, aproximando-se de território baixista. No setor petrolífero, a Santos caiu 8,36%, a Oil Search perdeu 5,06% e a Woodside Petroleum cedeu 2,59%.

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresChinaMetrópoles globaisXangai

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF