Repórter
Publicado em 14 de março de 2025 às 11h03.
Última atualização em 14 de março de 2025 às 11h08.
Os mercados globais começaram 2025 com volatilidade. Mas dois países, no entanto, lideram o ranking de perdas mundiais: os Estados Unidos e a Argentina.
De acordo com um levantamento da Elos Ayta, o principal índice da bolsa argentina, o S&P Merval, sofreu uma queda acentuada de 14,74% em dólares, liderando a lista das perdas entre 21 mercados analisados.
Nos Estados Unidos, o cenário também é preocupante, com o Nasdaq recuando 10,4%, o S&P 500 registrando uma queda de 6,12%, e o Dow Jones perdendo 4,07%.
Os números destacam a fraqueza de Wall Street, que ainda enfrenta incertezas econômicas e políticas, exacerbadas por um aumento nas pressões inflacionárias e desafios fiscais.
Por outro lado, o cenário é bastante diferente em outras partes do mundo.
Na Europa, o Euro Stoxx 50 disparou 31,36% em dólares, enquanto o índice colombiano MSCI Colcap avançou 27,19% e o DAX da Alemanha registrou uma alta de 18,16%. O Brasil também viu resultados positivos, com o Ibovespa subindo 11,26% em dólares, refletindo um desempenho melhor que os mercados americanos.
A crise nos mercados americanos não é um fenômeno recente. Desde a posse do presidente Donald Trump, em janeiro de 2025, as bolsas dos Estados Unidos perderam mais de US$ 4 trilhões em valor de mercado, o que reflete uma sequência de fatores como incertezas fiscais, a condução de políticas monetárias e a persistência de pressões inflacionárias.
Na Argentina, o governo de Javier Milei implementou uma política econômica agressiva para controlar a inflação e reequilibrar as contas públicas. Contudo, a forte desvalorização do peso argentino amplificou as perdas para investidores estrangeiros, refletindo diretamente nos índices locais, como o S&P Merval.
Diante das quedas em Wall Street e os desafios internos da Argentina, os investidores parecem estar buscando refúgio em mercados mais estáveis. A Europa tem se beneficiado de um ciclo econômico mais favorável, com seu conjunto de índices apresentando resultados sólidos.
Além disso, a China, que também está em uma fase de estabilização econômica, viu o FTSE China 50 crescer 18,26% em dólares.
A grande dúvida que paira sobre os mercados emergentes é se eles seguirão sendo um refúgio seguro para os investidores ou se Wall Street conseguirá reagir e retomar sua trajetória de crescimento nos próximos meses. Enquanto isso, a fuga de capitais dos EUA parece ser uma tendência.
Índice | País | Rentabilidade % (Moeda Local) | Rentabilidade % (US$) | |
---|---|---|---|---|
Euro Stoxx 50 | Zona do Euro | 25,89% | 31,36% | |
Msci Colcap | Colômbia | 19,13% | 27,19% | |
Ftse China 50 | China | 17,28% | 18,26% | |
Ipsa | Chile | 11,05% | 18,17% | |
DAX | Alemanha | 13,24% | 18,16% | |
Hang Seng Index | China | 16,96% | 17,93% | |
FTSMIB | Itália | 11,16% | 15,99% | |
IBEX | Espanha | 10,58% | 15,38% | |
CAC 40 | França | 7,77% | 12,46% | |
Ibovespa | Brasil | 4,45% | 11,26% |