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Bolsas caem em NY com preocupação com varejo e juro

As ações do setor de varejo tiveram desempenho pior do que o do restante do mercado, após balanços trimestrais decepcionantes de várias empresas


	NYSE: o índice Dow Jones fechou em queda de 137,55 pontos (0,83%), a 16.374,31 pontos
 (Spencer Platt/Getty Images)

NYSE: o índice Dow Jones fechou em queda de 137,55 pontos (0,83%), a 16.374,31 pontos (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 18h38.

Nova York - As bolsas de Nova York encerraram os pregões em queda nesta terça-feira, 20, cedendo boa parte dos ganhos obtidos nas últimas duas sessões.

As ações do setor de varejo tiveram desempenho pior do que o do restante do mercado, após balanços trimestrais decepcionantes de várias empresas.

O mau humor foi intensificado pelo alerta do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, de que o aperto monetário pode começar antes do esperado.

O índice Dow Jones fechou em queda de 137,55 pontos (0,83%), a 16.374,31 pontos. O índice Nasdaq teve perdas de 28,93 pontos (0,70%), a 4.096,89 pontos. O índice S&P 500 terminou em baixa de 12,25 pontos (0,65%), a 1.872,83 pontos.

Embora o mercado tenha mostrado fraqueza desde a abertura, traders afirmaram que o volume de negociação se acentuou após o discurso de Plosser.

O dirigente mostrou confiança de que a taxa de desemprego cairá para abaixo de 6,2% até o fim deste ano e que o crescimento dos EUA em 2014 será próximo de 3%.

Ele frisou que os próximos dados devem justificar um aperto monetário "mais cedo em vez de mais tarde".

As bolsas acentuaram as perdas após o discurso, mas por ser conhecidamente "hawkish", Plosser não gerou uma onda de vendas mais forte.

"Embora os comentários de Plosser tenham sido interessantes em um dia quase sem catalisadores, isso não muda nada no que se refere ao atual consenso sobre a política monetária", disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da corretora Wunderlich Securities.

A liquidação do mercado de ações "parece uma reação instintiva em um dia no geral tranquilo, em um mercado que está à procura de alguma coisa à qual reagir".

Segundo o codiretor de negociação de ações da corretora Themis Trading, Joe Saluzzi, os volumes foram um pouco melhores do que ontem, mas não muito: "Ainda foi um dia de volume abaixo da média".

O setor de varejo foi bastante pressionado. Entre os papéis mais atingidos, Staples caiu 12,55%, Dick Sporting Goods perdeu 17,98%, Urban Outfitters recuou 8,82% e TJX Companies cedeu 7,62%.

Dentro do Dow, a Caterpillar caiu 3,63%, depois de informar uma forte queda nas vendas globais de maquinário de varejo no trimestre fiscal encerrado em abril.

Já a Home Depot foi um ponto positivo no setor, com alta de 1,91%. Embora o resultado no primeiro trimestre fiscal tenha ficado abaixo do previsto, a empresa elevou sua perspectiva de lucro para o ano e informou que planeja recomprar US$ 3,75 bilhões em ações.

A diretora de investimentos do Oppenheimer Funds, Krishna Memani, salientou que investidores estão preocupados que, depois de uma desaceleração induzida pelo clima no primeiro trimestre, ainda não há sinal claro de que a economia norte-americana começou a acelerar no segundo trimestre.

"Estávamos procurando uma recuperação em vendas de varejo e na economia, mas não estamos enxergando isso."

Na Europa, a maioria das bolsas fechou em baixa, com pressão de uma mistura de balanços corporativos fracos, nervosismo com a proximidade das eleições para o Parlamento Europeu e expectativa menor com a possibilidade de medidas de estímulo por parte do Banco Central Europeu (BCE).

A Bolsa de Londres caiu 0,62%, Paris perdeu 0,39% e Frankfurt recuou 0,21%, enquanto Milão teve alta de 0,30%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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