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Bolsas asiáticas fecham em direções divergentes

Houve fortes ganhos na China


	Painel da Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou com valorização de 3,58%
 (Qilai Shen/Bloomberg)

Painel da Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou com valorização de 3,58% (Qilai Shen/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 07h33.

São Paulo - Os mercados de ações da região da Ásia e do Pacífico fecharam em direções divergentes nesta segunda-feira, com elevações acentuadas na China continental e recuos em outras bolsas.

A tendência de alta nos papéis da segunda maior economia do mundo foi sustentada pelo setor imobiliário e de commodities, ao mesmo tempo em que as expectativas em relação a um possível programa de ligação entre Shenzhen e Hong Kong ajudaram a alimentar o sentimento positivo.

O índice Xangai Composto encerrou com valorização de 3,58%, aos 3.350,52 pontos, maior nível de fechamento desde agosto de 2009. O resultado mostrou continuidade quanto ao otimismo do mercado, que obteve um ganho de quase 53% em 2014.

Os setores de imóveis e materiais de construção lideraram os avanços diante da expectativa de uma recuperação na comercialização de residências.

De acordo com o Citi, o fluxo de notícias para o setor foi "majoritariamente positivo" no final do ano, ao citar dados de SouFun que apontaram para uma melhora em vendas de imóveis, com alta anual de 23% no volume de transações em 37 cidades na semana encerrada em 28 de dezembro.

A entidade também citou recentes iniciativas do Banco do Povo da China (PBoC) para mudar a maneira como os bancos calculam os depósitos, o que deve aumentar os empréstimos.

O índice Shenzhen Composto, por sua vez, avançou 1,53% neste começo de semana, aos 1.436,86 pontos, diante de expectativas de que a bolsa local terá uma plataforma de ligação de negócios com Hong Kong.

Segundo o jornal Shenzhen Special Zone Daily, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que uma conexão entre as ações deverá ocorrer em breve, a exemplo da conexão entre Xangai e Hong Kong.

Por outro lado, as ações em Hong Kong encerram com perdas diante de realização de lucros, mesma direção que os papéis em Taiwan e na Coreia do Sul.

Entre os motivos das vendas, analistas citaram preocupações com a crise política na Grécia, onde os cidadãos escolherão um novo governo em eleições gerais no final do mês.

O índice Hang Seng recuou 0,57%, para 23.721,32 pontos, enquanto o Taiwan Weighted cedeu 0,36%, aos 9.274,11 pontos. Em Seul, o Kospi teve baixa de 0,55%, aos 1.915,75 pontos. Já o filipino PSEi subiu 0,64%, para 7.276,63 pontos, em Manila.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 ganhou 0,26%, aos 5.450,30 pontos, em Sydney, enquanto os investidores analisam como o Banco Central Europeu (BCE) poderia expandir seu programa de estímulo, diante de uma inflação fraca na Europa e da crise grega. Com informações da Dow Jones

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