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Bolsas asiáticas fecham em alta em meio a recuperação global

O índice japonês Nikkei garantiu, em um único dia, a maior valorização em pontos desde janeiro de 1994 e o maior avanço porcentual desde outubro de 2008


	Recorde: o índice japonês Nikkei garantiu, em um único dia, a maior valorização em pontos desde janeiro de 1994 e o maior avanço porcentual desde outubro de 2008
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Recorde: o índice japonês Nikkei garantiu, em um único dia, a maior valorização em pontos desde janeiro de 1994 e o maior avanço porcentual desde outubro de 2008 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 06h53.

São Paulo - As bolsas asiáticas e do Pacífico fecharam em forte alta nesta quarta-feira, deixando temporariamente de lado as preocupações sobre a desaceleração da China, em meio à recuperação dos mercados acionários globais e depois de Pequim prometer novos incentivos fiscais.

O Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, subiu 2,3%, encerrando o pregão a 3.243,09 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,3%, a 1.798,84 pontos.

Em outras partes da Ásia, o maior destaque foi o mercado em Tóquio, que saltou 7,71%, a 18.770,51 pontos, depois de ter zerado os ganhos acumulados do ano na sessão anterior.

Com isso, o índice japonês Nikkei garantiu, em um único dia, a maior valorização em pontos desde janeiro de 1994 e o maior avanço porcentual desde outubro de 2008.

A Bolsa de Hong Kong, por sua vez, avançou 4,1%, a 22.131,00 pontos.

No mercado taiwanês, o Taiex registrou ganho de 3,57%, a 8.286,92 pontos, impulsionado por ações de fornecedores da Apple, que hoje tem um evento programado para o provável lançamento de novos modelos do iPhone.

Em Seul, o índice sul-coreano Kospi subiu 2,96%, a 1.934,20 pontos, a máxima da sessão.

A disposição por tomada de risco na Ásia veio após as bolsas de Nova York fecharem o pregão de ontem com ganhos superiores a 2%, em meio à expectativa de que a China adote medidas adicionais de estímulos diante do fraco desempenho de sua economia.

O sinal mais recente de fraqueza no gigante asiático veio da balança comercial de agosto, que mostrou quedas maiores do que se esperava nas exportações e importações.

Pequim, de fato, deu novas indicações de que pretende continuar estimulando a economia chinesa, que no segundo trimestre se expandiu no ritmo mais fraco em seis anos.

Em comunicado, o Ministério de Finanças do país anunciou que vai implementar uma política fiscal "mais vigorosa", destinar mais recursos para apoiar alguns projetos de infraestrutura, promover cortes de impostos para pequenas empresas e acelerar o processo de aprovação de lojas livres de tributos, numa tentativa de impulsionar o setor de construção.

Antes disso, o órgão de planejamento econômico da China deu aprovação a dois projetos ferroviários que preveem investimentos em torno de 70 bilhões de yuans (US$ 11 bilhões).

"As autoridades (chinesas) divulgaram uma série de políticas com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores, ao introduzir medidas regulatórias de médio e a longo prazos", comentou Jacky Zhang, analista da BOC International.

Na Oceania, a bolsa australiana foi influenciada pela melhora do sentimento nos mercados globais e avançou pelo segundo pregão consecutivo.

O S&P/ASX 200, índice que reúne as ações mais negociadas em Sydney, subiu 2,1%, a 5.221,10 pontos, após assegurar ganho de 1,7% ontem. 

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