EUA: investidores reagem ao avanço das ferramentas de IA na China ( TIMOTHY A. CLARY /AFP)
Repórter Exame IN
Publicado em 6 de março de 2025 às 14h23.
Última atualização em 6 de março de 2025 às 16h11.
A combinação de mais desdobramentos da guerra comercial e dos avanços de novas ferramentas de inteligência artificial na China está derrubando as ações americanas no pregão desta quinta-feira, 6.
O plano econômico do presidente Donald Trump segue abalando o fluxo e sinalizando um ambiente mais complexo para o mercado interno americano. Ao mesmo tempo, o lançamento de novas ferramentas de IA potentes e menos intensivas em dados de IA no mercado chinês está trazendo mais ceticismo aos papéis americanos de tecnologia e derrubando principalmente as fabricantes de chips.
O Nasdaq, que concentra as ações tech, recuava mais de 2,75% por volta das 16h. A queda acumulada chega a 9% desde 19 de fevereiro. Uma das ações com maior queda era a Nvidia, que recuava 5,71%. A Microsoft recuava 1,27%, a Tesla, 4,88%. A Amazon caía 3,97%.
Já o S&P 500 e o Dow Jones caíam 1,67% e 0,24%, respectivamente.
No começo da tarde desta quinta-feira, o governo americano sinalizou que vai postergar por quase um mês a aplicação das tarifas para todos os produtos do México que estão no tratado de livre comércio USMCA, numa medida que deve se estender também para o Canadá. O movimento deu um alívio momentâneo aos índices acionários, que logo voltaram às quedas expressivas vistas desde o início da manhã.
Hoje, as ações do Alibaba dispararam 8,4% em Hong Kong, após o lançamento de um novo modelo de inteligência artificial que, segundo a companhia, usa apenas uma fração dos dados necessários para fazer rodar o R1 da DeepSeek. O otimismo com a empresa de Jack Ma levou o índice de ações de tecnologia chinês a um avanço de 5,4%, o maior nível desde 2021.