B3: bolsa paulista iniciava a semana em alta (Marcos Issa/Bloomberg/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 15 de abril de 2019 às 10h24.
Última atualização em 15 de abril de 2019 às 11h27.
São Paulo - A bolsa paulista avançava nesta segunda-feira, 15, recuperando-se da queda de quase 2 por cento no pregão de sexta-feira, quando foi pressionado pelas ações da Petrobras, com agentes do mercado monitorando o andamento do texto da reforma da Previdência, em meio a um cenário externo mais favorável para ativos de risco.
Às 11:17, o Ibovespa subia 0,75 por cento, a 93.568 pontos. O volume financeiro era de 3,89 reais.
Na sexta-feira, o índice recuou 1,98 por cento, a 92.875,00 pontos, pressionado pelo tombo das ações da Petrobras, em meio a preocupações sobre a independência da estatal após o presidente Jair Bolsonaro pressionar para a petrolífera rever decisão sobre aumento dos preços do diesel.
Para o analista Nicolas Takeo, da corretora Socopa, a força do índice nesta sessão trata-se de um movimento de recuperação pautado nas expectativas sobre a Previdência e em um cenário externo mais benigno para ativos de risco.
"É uma compensação. O mercado pode vir a ficar de lado caso surja alguma cautela sobre a Previdência, mas o exterior positivo ajudará a sustentar", afirmou.
A sessão também era marcada pelo vencimento de opções sobre ações na primeira etapa do dia.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou na sexta-feira que a reforma da Previdência será o primeiro item da pauta da comissão nesta semana, seguida da proposta que torna o Orçamento mais impositivo. A ideia é iniciar a discussão da reforma nesta segunda-feira na CCJ.
Enquanto isso, os principais índices de Wall Street operavam no vermelho, com balanço decepcionante do Goldman Sachs ofuscando as expectativas de melhora nas negociações comerciais entre EUA e China.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN avançava 2,83 por cento e PETROBRAS ON subia 2,13 por cento, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, após um tombo no último pregão, quando a empresa perdeu 32 bilhões de reais em valor de mercado, conforme desdobramentos em torno de um ajuste de preços do diesel suspenso respaldaram questionamentos sobre a perspectiva para a política de preços de combustível da empresa.
- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON valorizavam-se 2,09 e 4,18 por cento, impulsionadas pela melhora na percepção de risco em torno das estatais na sessão.
- ESTÁCIO ganhava 1,88 por cento, tendo de pano de fundo aprovação em reunião nesta segunda-feira a eleição de Claudia Sender Ramires para ocupar o cargo de membro do colegiado, que se encontrava vago, e também como membro do Comitê de Auditoria e Finanças da companhia de educação, com prazo até a Assembleia Geral Ordinária de 2020, de acordo com comunicado da empresa.
- ITAÚ UNIBANCO PN apreciava-se 0,67 por cento, enquanto BRADESCO PN avançava 0,86 por cento, contribuindo para o viés positivo do Ibovespa.
- VALE recuava 0,54 por cento, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. A mineradora está em negociações com a empreiteira Andrade Gutierrez para a realização de obras em suas oito barragens em Minas Gerais, informa o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira.
- ECORODOVIAS declinava 2,39 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, em meio a cumprimento de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na controlada indireta Eco 101, no Espírito Santo, no âmbito da operação "Infinita Highway”. CCR perdia 0,89 por cento.