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Bolsa vai fechar mais cedo, mas volume deve continuar alto

Mudança reflete fim do horário de verão; apesar do tempo mais curto de negociações, rali do impeachment pode sustentar volume acima da média


	Cotações da Bolsa: BM&FBovespa retoma horário regular de negociações
 (Thinkstock)

Cotações da Bolsa: BM&FBovespa retoma horário regular de negociações (Thinkstock)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 13 de março de 2016 às 09h00.

São Paulo - Com o fim do horário de verão no mês passado, a BM&FBovespa vai retomar nesta segunda-feira (14) o horário regular de negociações no mercado à vista, das 10h às 17h (de Brasília). 

A Bolsa também voltará com o chamado after market (negociações depois do fim do pregão regular), que ocorre diariamente das 17h30 às 18h.

A BM&FBovespa funcionou em horário especial (das 10h às 18h, com after market suspenso) entre 21 de dezembro de 2015 e 11 de março de 2016.

O intuito foi "facilitar operações de arbitragem nos mercados internacionais" e potencializar o fluxo de clientes estrangeiros, segundo nota da própria Bolsa.

A volta ao horário regular de pregão vai encurtar o período em que Bovespa e Nyse (Bolsa de Nova York) estarão operando ao mesmo tempo.

Em tese, a mudança impactaria negativamente o volume negociado no mercado brasileiro, já que mais de 50% das movimentações por aqui são feitas por estrangeiros.

Mas a avaliação do BTG Pactual é que o volume da BM&FBovespa deve continuar acima da média, movido pelas especulações políticas que têm dominado a pauta dos investidores no Brasil nos últimos meses.

Em fevereiro, a BM&FBovespa registrou volume médio diário de R$ 6,076 bilhões, 15,8% maior que o valor registrado no mês anterior (R$ 5,245 bilhões). Em março, até o dia 10, a cifra já estava em R$ 10,9 bilhões.

Em relatório divulgado na última quinta-feira (10), o BTG afirmou que a BM&FBovespa é a empresa que mais pode se beneficiar do rali especulativo nos mercados em torno de um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o banco, a cada R$ 1 bilhão adicional no volume médio diário da Bolsa somado a uma queda de 50 pontos-base do custo sobre patrimônio (CoE), haverá aumento de R$ 1 no preço-alvo para os papéis da BM&FBovespa ---atualmente em R$ 13,50.

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