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Bolsa sobe mais de 1% monitorando discursos sobre Previdência

Às 11:28, o Ibovespa subia 1,37%, a 93.209 pontos. O volume financeiro era de 3,47 bilhões de reais

B3: bolsa paulista avançava nesta terça-feira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

B3: bolsa paulista avançava nesta terça-feira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 21 de maio de 2019 às 11h50.

São Paulo — A bolsa paulista avançava nesta terça-feira, sustentando alguns ganhos do dia anterior, com agentes financeiros monitorando os discursos do governo sobre a reforma da Previdência e em meio a um cenário externo mais positivo após os Estados Unidos reduzirem as pressões sobre a chinesa Huawei.

Às 11:28, o Ibovespa subia 1,37%, a 93.209 pontos. O volume financeiro era de 3,47 bilhões de reais.

Na segunda-feira, o Ibovespa encerrou em alta de 2,17%, a 91.946,19 pontos, seu maior ganho diário em quase dois meses, com investidores voltando à ponta compradora, especialmente por ações que caíram mais forte na semana passada.

Para Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, o nível de preço convidativo da bolsa com um discurso mais alinhado do governo e do Congresso sobre a reforma da Previdência chancelam o tom mais positivo.

"É uma questão de oportunidade de compra. Na semana passada, vimos uma queda muito descolada e a tendência é que o pregão desta terça-feira dê continuidade aos ganhos do dia anterior", afirmou.

A articulação política sobre a reforma da Previdênhcia continua sendo um ponto de atenção. Depois de dizer que a classe política é o grande problema que impede o Brasil de dar certo, Bolsonaro mudou o tom na segunda-feira dizendo que valoriza o Parlamento e que os deputados e senadores terão a palavra final sobre o texto que reformula a aposentadoria dos brasileiros.

Na véspera, o relator da reforma na comissão especial da Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse estar preparando o parecer em cima do projeto enviado pelo governo e que concluirá o texto até 15 de junho.

Nas principais praças no exterior, o clima era de mais otimismo, com os principais índices de Wall Street operando em alta após os EUA aliviaram temporariamente as restrições comerciais à chinesa Huawei para minimizar os transtornos a seus clientes.

Destaque

- EDP BRASIL valorizava-se 4%, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, com seus papeis próximos ao maior valor desde 1 de março. Na véspera, a companhia de energia elétrica anunciou que pretende avançar no cada vez mais cobiçado setor de serviços em energia do Brasil com uma nova marca, que reunirá diversas soluções da companhia para clientes residenciais e empresas --um cardápio que envolve desde instalações de geração solar e eficiência energética até seguros.

- GOL avançava 4,8%, depois de registrar na sexta-feira seu menor valor de fechamento desde 11 de dezembro de 2018 e em meio a discussões sobre aquisição de ativos da Avianca Brasil. Além disso, o plenário da Câmara dos Deputados tem na pauta análise de medida provisória 863/18 que autoriza até 100 por cento de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil. A MP perde validade em 27 de maio.

- PETROBRAS PN subia 0,8% e PETROBRAS ON ganhava 1%, em meio à notícia de que conselho de administração da estatal aprovou nesta terça-feira a assinatura de termo aditivo ao chamado contrato da cessão onerosa. Segundo a petrolífera, o movimento fica condicionado a uma solução orçamentária para um pagamento de 9,058 bilhões de dólares devido pela União à companhia e previsto no documento.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 1,6%, enquanto BRADESCO PN avançava 1,3%, contribuindo para o viés positivo do Ibovespa.

- VALE recuava 0,75%, ainda na esteira de incertezas sobre a segurança das barragens de rejeitos das mineradora, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. Na véspera, o secretário de Meio Ambiente de Minas Gerais, Germano Vieira, afirmou que a barragem de rejeitos de minério de ferro Sul Superior da mineradora em Barão de Cocais (MG) tem até 15% de probabilidade de se romper.

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