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Bolsa sobe mais de 1% em meio a ajustes e agenda política agitada

Às 11:17, o Ibovespa subia 1,25%, a 91.118,85 pontos

B3: bolsa paulista mostrava leve alta nesta segunda-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

B3: bolsa paulista mostrava leve alta nesta segunda-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de maio de 2019 às 11h47.

São Paulo — A bolsa paulista mostrava leve alta nesta segunda-feira, com investidores ajustando suas posições após queda acumulada de mais de 4 por cento na semana anterior, em meio à cena política agitada na semana e apesar de cenário externo negativo após piora da relação comercial entre Estados Unidos e a China.

Às 11:17, o Ibovespa subia 1,25%, a 91.118,85 pontos. O volume financeiro era de 3,68 bilhões de reais.

Na semana passada, o índice acumulou queda de 4,5 por cento, caminhando para repetir neste mês a sina de fechamentos em queda registrada nos últimos nove anos.

Para o analista da Corretora Genial Filipe Villegas, o movimento de alta no pregão desta segunda-feira pode ser considerado um ajuste de posições, com investidores digerindo melhor os acontecimentos da semana passada e se preparando para agenda política cheia ao longo dos próximos dias.

"Ter um grande número de medidas provisórias em pauta no Plenário na semana vai exigir muito trabalho dos representantes e pode mostrar o nível de comprometimento do Congresso em manter a agenda", afirmou.

O Plenário da Câmara dos Deputados tem pela frente análise de oito medidas provisórias de 21 a 23 de maio, entre as quais se destacam a diminuição de pastas na estrutura ministerial do Poder Executivo e aquela que autoriza até 100 por cento de capital estrangeiro em companhias com sede no Brasil, além da que muda regras do setor de saneamento.

Do front externo, as principais praças no exterior operavam no vermelho diante da piora da retórica comercial entre EUA e China, que elevava os temores de que uma disputa prolongada entre os dois países possa afetar o crescimento econômico global.

Destaques

- JBS ganhava 3,2%, sustentava por perspectivas de maior demanda por proteínas na China devido ao surto de febre suína africana na região, que dizimado rebanhos no país.

- MULTIPLAN avançava 3,2%, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, após ter registrado na sexta-feira menor valor de fechamento desde 25 outubro de 2018. As vendas em shopping centers no período do Dia das Mães subiram 9,4 por cento sobre o mesmo período do ano passado, superando expectativas do segmento, afirmou a Abrasce.

- CIELO saltava 3%, após ações da empresa de pagamentos terem renovado mínima histórica na sessão anterior. A companhia conseguiu elevar participação de mercado no primeiro trimestre pela primeira vez desde meados de 2017, em um sinal de que a companhia está reagindo à competição acirrada no mercado de meios de pagamentos do Brasil.

- PETROBRAS PN subia 1,5%, enquanto PETROBRAS ON valorizava-se 1%, tendo de pano de fundo valorização dos contratos futuros do petróleo no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,8%, enquanto BRADESCO PN ganhava cerca 2%, contribuindo para o viés positivo do Ibovespa.

- VALE declinava 1% em meio a incertezas sobre segurança das barragens de rejeitos da mineradora, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. No sábado, a juíza Fernanda Machado, de Barão de Cocais (MG), decidiu elevar o teto de uma multa contra a companhia para 300 milhões de reais, atendendo a pedido do Ministério Público, que disse que a mineradora não apresentou estudo de impactos relacionados ao eventual rompimento de estruturas de uma barragem na cidade.

- SUZANO recuava 1,5%, após Credit Suisse cortar preço-alvo das ações da companhia para 42 reais, ante 49 reais. Na sessão anterior, as ações da Suzano subiram 6,1 por cento, se beneficiando do cenário de alta do dólar frente ao real.

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