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Bolsa supera 93 mil pontos de olho em Previdência e negociação EUA-China

O Ibovespa subia 1,41%, recorde anterior foi registrado ontem, com 92.031 pontos

B3: bolsa paulista ampliava os ganhos nesta quarta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

B3: bolsa paulista ampliava os ganhos nesta quarta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 10h12.

Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 15h22.

São Paulo - A bolsa paulista ampliava os ganhos nesta quarta-feira, com o Ibovespa superando os 93 mil pontos pela primeira vez na história, em meio a expectativas de que Estados Unidos e China anunciem algum avanço nas negociações comerciais, bem como sinais de avanço em proposta de reforma da Previdência no Brasil.

Investidores também aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, prevista para 17h, em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central norte-americano em relação aos juros.

Às 15h14, o Ibovespa subia 1,41 por cento, a 93.328,95 pontos. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em máxima história na véspera, em 92.031,86 pontos. Na máxima da sessão desta quarta-feira, até o momento, atingiu 93.230,36 pontos.

De acordo com o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, o mercado entendeu a extensão das negociações entre Estados Unidos e China para um terceiro dia como sinal de progresso nas discussões, respaldado por comentários favoráveis de ambas as partes.

"É provável que um acordo ainda esteja longe, com muitas reviravoltas ainda a serem superadas ao longo do caminho. No entanto, a extensão é um passo na direção certa, enviando um sinal de que os dois lados estão em negociações sérias e estão trabalhando duro para resolver os problemas", citou.

As equipes da China e dos Estados Unidos encerraram nesta quarta-feira as negociações comerciais em Pequim e autoridades disseram que os detalhes serão divulgados em breve.

No exterior, as bolsas na Ásia fecharam em alta, movimento que era adotado pelos pregões na Europa e futuros acionários norte-americano. O petróleo também tinha uma sessão positiva.

Para a equipe da corretora H.Commcor, há motivos no cenário externo para continuidade da busca por ativos de risco, dependendo apenas do conteúdo da ata do Fed, no final da tarde, que "pode mexer com os mercados, especialmente se levar a leituras menos 'dovish' do que a atual".

Da cena doméstica, agentes financeiros repercutiam positivamente sinalizações favoráveis sobre a reforma da Previdência, considerada crucial por investidores para a melhora da situação fiscal do país e assim da confiança no Brasil.

"A perspectiva de que a proposta da reforma da Previdência poderá ser mais profunda e apresentada pela nova equipe econômica na próxima semana deverá realimentar o ânimo já visto no pregão de ontem", avalia a equipe da corretora Ágora, conforme nota a clientes.

DESTAQUES

- VALE subia 2,5 por cento, apesar do declínio dos preços do minério de ferro, apoiada nas esperanças de progresso nas negociações comerciais entre Washington e Pequim.

- PETROBRAS ON avançava 2,2 por cento e PETROBRAS PN valorizava-se 1,8 por cento, favorecidas pela alta do petróleo no exterior, enquanto continuam as expectativas sobre a revisão do contrato de cessão onerosa da petrolífera de controle estatal com a União.

- B2W tinha elevação de 5 por cento, na segunda sessão de alta, retomando o patamar da semana passada. No setor, MAGAZINE LUIZA avançava 0,2 por cento, enquanto VIA VAREJO perdia 1,2 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa nesta sessão.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,8 por cento e BRADESCO PN avançava 0,9 por cento, endossando a alta no pregão, contaminada pelo maior apetite global a risco.

- BB SEGURIDADE caía 1,6 por cento, tendo de pano de fundo corte na recomendação por analistas do JPMorgan, de 'neutra' para 'underweight'.

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