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Bolsa sobe após Moody's melhorar perspectiva para rating do Brasil

Às 11:42, o Ibovespa subia 0,86 por cento, a 84.027 pontos

Bovespa: investidores seguem atentos ao cenário político em dia de posse de novos ministros (Paulo Whitaker/Reuters)

Bovespa: investidores seguem atentos ao cenário político em dia de posse de novos ministros (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 10h26.

Última atualização em 10 de abril de 2018 às 11h53.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 subia na manhã desta terça-feira, mas em ritmo menor que o observado logo após a abertura, encontrando apoio nos papéis de Vale e Petrobras, enquanto persistia a cautela de investidores com a política em meio à indefinição do cenário eleitoral.

Às 11:42, o Ibovespa subia 0,86 por cento, a 84.027 pontos. O giro financeiro somava 2,9 bilhões de reais.

Mais cedo, o indicador chegou a avançar 1,09 por cento, espelhando o desempenho positivo das bolsas no exterior após o tom conciliador do presidente chinês, Xi Jinping, sobre o impasse comercial entre China e Estados Unidos, o que renovou esperanças de abertura da economia asiática.

Segundo operadores, a fala de Xi animou os mercados em geral e acabou ofuscando a decisão da agência de classificação de risco Moody's de melhorar a perspectiva do rating BA2 do Brasil para "estável" ante "negativa" em meio à expectativa de aprovação da reforma da Previdência pelo próximo governo.

"O anúncio da Moody's devia ter trazido mais alívio, mas o mercado nem precificou isso... Esse otimismo veio mesmo é da fala do Xi Jinping", comentou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management.

Ainda no front doméstico, a cautela com a indefinição do cenário eleitoral a seis meses da votação persistia, enquanto investidores digerem os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que desacelerou ao menor nível para março em 24 anos.

Destaques

- MARFRIG ON subia 12,3 por cento, ampliando o rali da véspera e operando nos maiores níveis desde março de 2013, após a empresa anunciar a compra do controle da norte-americana National Beef Packing Company, por 969 milhões de dólares.

- PETROBRAS PN avançava 1,66 por cento, e PETROBRAS ON ganhava 1,75 por cento, na esteira da alta dos preços internacionais do petróleo e da revisão do rating de crédito da estatal pela agência de classificação de risco Moody's para 'Ba2' ante 'Ba3'. Também no radar estava a fala do presidente da companhia, Pedro Parente, de que a mudança ministerial pode até favorecer a renegociação da cessão onerosa.

- VALE ON se valorizava 3,35 por cento, apoiada na recuperação dos futuros do minério de ferro na China, que subiram quase 3 por cento após três sessões de queda, em reação aos comentários do presidente chinês.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,40 por cento, e BRADESCO PN subia 0,41 por cento, reforçando o viés positivo do Ibovespa, dado o peso desses papéis na composição do indicador.

- HYPERA caía 4,45 por cento, liderando a ponta negativa do índice, depois que a sede da companhia em São Paulo foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, como parte da operação Tira-Teima. Em nota, o grupo farmacêutico informou que não é investigado e que a operação teve como objetivo recolher documentos relacionados ao ex-diretor de Relações Institucionais, Nelson Mello.

- AZUL PN, que não faz parte do Ibovespa, caía 2,58 por cento, devolvendo os ganhos da abertura, quando chegou a subir 1,78 por cento, após anunciar um crescimento de 10 por cento na demanda por voos em março ante igual mês de 2017.

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