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Bolsa cai em dia de recorde no câmbio

Dólar chega em 4,206 reais - a maior cotação de fechamento da história

Bolsa: em dia de dólar recorde, mercado brasileiro dá continuidade a movimento de queda (Anadolu Agency/Getty Images)

Bolsa: em dia de dólar recorde, mercado brasileiro dá continuidade a movimento de queda (Anadolu Agency/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 18h35.

Última atualização em 18 de novembro de 2019 às 19h54.

A bolsa mostrou sinais de recuperação no início do pregão desta segunda-feira (18), chegando a subir quase 1%, tendo no radar o desempenho de ações brasileiras negociadas nos Estados Unidos, que tiveram alta na sexta-feira (15), quando a Bolsa não abriu por aqui devido ao ferido. O movimento, porém, foi se diluindo e virou queda no período da tarde. Com isso, o Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,27%, em 106.269,25 pontos. Na última semana, o índice já havia acumulado perda de 1%.

A queda da Bolsa ocorre na esteira da valorização do dólar, que subiu mais 0,303% e fechou em cotação recorde, sendo negociado a 4,206 reais na venda. O dólar vem ganhando força desde que a baixa participação de estrangeiros no megaleilão do pré-sal decepcionou investidores.  Até então, a maior cotação de fechamento da história era de 13 de setembro de 2018, quando a moeda encerrou o dia em 4,1957 reais.

Ações

A alta do dólar pode ter ajudado a apreciar as ações da Suzano, que subiram 3,19%. O recente movimento do câmbio tende a ser benéfico para empresa, que é uma das maiores exportadoras de celulose do mundo.

Porém, foram os papéis da Marfrig  que lideraram as altas do Ibovespa nesta segunda, subindo 5,56%. A valorização ocorreu após a companhia anunciar o aumento de sua participação na americana NationalBeef de 51% para 81,73%. A operação, que custou 860 milhões de dólares, foi bem recebida pelo mercado. 

“Avaliamos como positivo o movimento, com o bom momento vivido pelo setor de carne bovina nos EUA, com aumento da oferta de gado e perspectiva de manutenção nos preços em patamares elevados no mercado internacional”, escreveram analistas da Guide Investimentos em relatório a clientes. Eles também veem a gestão da NationalBeef como “extremamente eficiente, alcançando níveis elevados de rentabilidade”.

Mesmo com o Ibovespa em queda, os frigoríficos tiveram um pregão positivo na Bolsa, com os papéis da JBS, Minerva e BRF se apreciando 1,94%, 1,60% e 0,97%, respectivamente.

Já as ações da Sabesp não cumpriram a expectativa de forte alta, após a empresa ter apresentado lucro de 1,209 bilhões de reais no terceiro trimestre - montante 113% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Embora o ativo tenha chegado a se valorizar 3,33% no início da sessão, ao fim do dia, a alta foi de 0,62%.

Ativos de peso 

Apesar das valorizações, papéis de grande peso no Ibovespa fecharam em baixa, o que pressionou a queda da Bolsa. Com grande participação no índice, as ações dos grandes bancos tiveram perdas, com exceção do Banco do Brasil, que teve tímida valorização de 0,04%. Enquanto isso, os papéis do Bradesco caíram 0,76%, os do Santander, 0,33% e os do Itaú, 0,15%. Ainda no campo financeiro, as ações da B3 recuaram 1,15%.

Uma das principais empresas da Bolsa, a Petrobras também sofreu depreciação. Nesta segunda, suas ações preferenciais caíram 0,75% e as ordinárias, 0,03%. O movimento ocorre em linha com o preço do petróleo no exterior. Este foi o quarto pregão consecutivo que os papéis da petrolífera fecharam em queda.

A mineradora Vale, por outro lado, se valorizou 1,2% na Bolsa e impediu que o Ibovespa tivesse perdas mais acentuadas. O papel da empresa foi positivamente influenciado pela alta do preço do minério de ferro na China.

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