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Bolsa cai com varejo sob pressão após Amazon Prime chegar ao país

Às 12:06, o Ibovespa caía 0,32%, a 102.853,93 pontos

B3: bolsa paulista não tinha um viés claro nos primeiros negócios (Paulo Whitake/Reuters)

B3: bolsa paulista não tinha um viés claro nos primeiros negócios (Paulo Whitake/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 11h07.

Última atualização em 10 de setembro de 2019 às 12h58.

São Paulo — O Ibovespa firmava-se no vermelho nesta terça-feira, após quatro pregões de alta seguidos, tendo de pano de fundo fraqueza em Wall Street e com ações de empresas de comércio eletrônico liderando perdas após a chegada do Amazon Prime ao Brasil.

Às 12:06, o Ibovespa caía 0,32%, a 102.853,93 pontos. O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais. A queda vem após o Ibovespa acumular ganho de 3,5% nas últimas quatro sessões.

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Nos Estados Unidos, os negócios eram pressionados por preocupações sobre o crescimento global após dados econômicos chineses apontando desaceleração da segunda maior economia do mundo. O S&P 500 cedia 0,6%.

Após a balança comercial decepcionar no final de semana, o que levou o governo a anunciar redução no compulsório para estimular a economia, a equipe da Coinvalores destacou que os dados de inflação vieram também com viés mais negativo, principalmente a queda dos preços ao produtor, "um sinal preocupante, pois reforça o cenário de desaceleração econômica".

Destaques

- B2W caía 6,5%, VIA VAREJO cedia 4,85% e MAGAZINE LUIZA perdia 6,5%, após a Amazon anunciar a chegada ao Brasil do Prime, seu serviço de assinatura de produtos de entretenimento e compras, incluindo frete gratuito para todo o país e prazo de entrega máximo de 48 horas em mais de 90 município. Em Nova York, MERCADO LIVRE tinha queda de 3,2%, enquanto os papéis da Amazon tinham recuo de 0,9 por cento.

- JBS recuava 2,3%, engatando o terceiro pregão de queda após fechar em cotação recorde na última quinta-feira, a 30,24 reais. No setor, MARFRIG tinha alta de 0,2%, após forte valorização na véspera e no começo do pregão. BRF tinha variação positiva de 0,95%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 1,4%, também ajustando após forte valorização recente no setor como um todo, com BRADESCO PN cedendo 1,3%.

- KROTON e YDUQS subiam 4,1% e 3%, entre as maiores altas, tendo de pano de fundo avaliações de que o setor de educação figura entre os mais protegidos da turbulência externa e que tende a se beneficiar da aguardada retomada da economia brasileira enquanto a educação pública segue alvo de cortes de orçamento.

- GERDAU PN avançava 3,4%, tendo no radar que o fundo norte-americano Capital lnternational lnvestors elevou a participação na siderúrgica para o equivalente a 10,08% das preferenciais da empresa. Reportagem do Estadão também traz que o desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu ação penal contra 4 executivos da Gerdau. A suspensão, em caráter liminar, tem validade até a análise do mérito do pedido. No setor, CSN subia 2,1%. Usiminas tinha oscilação positiva de 0,1 por cento, após saltar cerca de 8 por cento na véspera.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON valorizavam-se 0,5% e 0,8%, respectivamente, favorecidas pela alta dos preços do petróleo no exterior, que refletiam otimismo de que a Opep e outros países produtores concordem em estender cortes na produção da commodity.

- VALE subia 0,4% em meio a uma nova alta dos preços do minério de ferro na China e após forte ganho da véspera, que fez a cotação fechar na máxima em mais de um mês.

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