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Bolsa pode disparar com ministério de Dilma, diz Goldman Sachs

Relatório defende que bolsa pode alcançar até 78 mil pontos até o final do ano caso mercado aprove novo ministério

Dilma Rousseff ainda não anunciou nenhum nome de seu ministério (Wilson Dias/EXAME.com)

Dilma Rousseff ainda não anunciou nenhum nome de seu ministério (Wilson Dias/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 12h47.

São Paulo - A nomeação de um ministério “amigável ao mercado” e que sinalize “rigor fiscal” pela presidente eleita Dilma Rousseff pode disparar um ciclo de alta das ações brasileiras, segundo o Goldman Sachs Group Inc.

O Ibovespa pode subir para 78.000 pontos até o fim do ano, o que representa um ganho de 7,4 por cento sobre o fechamento da semana passada, caso as indicações ministeriais sinalizem que o governo irá atingir a meta de superávit primário de 3,3 por cento do Produto Interno Bruto, escreveu Stephen Graham, analista do Goldman Sachs em São Paulo, num relatório a clientes com data de ontem.

“A meta implica conter as expectativas de inflação e precisar o menos possível da política monetária para controlar a inflação”, disse Graham. “Apesar da variedade de possibilidades, acreditamos que um gabinete amigável ao mercado seja provável. Houve comentários claros de Dilma sobre metas fiscais específicas.”

Dilma, que toma posse em 1 de janeiro, disse na semana passada que vai perseguir a redução do endividamento público para 38 por cento do PIB até o final do seu mandato em 2014 em relação aos atuais 41 por cento. Isso, segundo a presidente eleita, vai permitir que a taxa básica de juros do Brasil diminua.

“Por outro lado, uma falha do lado fiscal pode aumentar as tensões entre a taxa de câmbio, os juros e a inflação, onde soluções para cada problema podem exacerbar outros”, escreveu Graham.

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