B3: bolsa paulista começava a segunda-feira com o Ibovespa em alta (NurPhoto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 19 de agosto de 2019 às 10h24.
Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 15h28.
São Paulo — O Ibovespa passou a recuar nesta segunda-feira, após operar acima dos 100 mil pontos mais cedo, acompanhando o viés negativo no exterior, com o retorno da cautela quanto à guerra comercial e desaceleração global. O dia também é marcado pelo vencimento de opções (contratos no mercado futuro) sobre ações, que traz volatilidade ao mercado.
Às 15:18, o Ibovespa caía 0,40%, a 99.432 pontos.
O volume financeiro era de 3,87 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.
No exterior, o banco central da China apresentou uma importante reforma dos juros no sábado para ajudar a reduzir os custos de empréstimo para empresas e sustentar a economia, que vem sendo afetada pela guerra comercial com os EUA.
O ministro das Finanças alemão, por sua vez, disse no domingo que a Alemanha tem a força fiscal necessária para conter qualquer crise econômica futura "com força total", sugerindo até 50 bilhões de euros em gastos extras.
Para a equipe da corretora Tullet Prebon, o cenário externo deve ditar os rumos no pregão brasileiro, particularmente as perspectivas de estímulos fiscais da Alemanha que sempre evitou o expansionismo fiscal.
"Um tom positivo para os mercados deve prevalecer", avaliaram, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira.
A alta nesta sessão ocorre após o Ibovespa recuar 4% na semana passada.
- PETROBRAS PN valorizava-se, tendo a alta do petróleo no exterior como pano de fundo, além do vencimento de opções sobre ações, uma vez que as ações costumam aparecer entre as séries mais líquidas do exercício.
- BR DISTRIBUIDORA avançava 4,1%, também entre as maiores altas do Ibovespa.
- B3 avançava 2,6%, entre os principais suportes para o desempenho positivo, apoiada em números melhores sobre negociação pelo menos no segmento Bovespa no mês de agosto.
- GOL PN subia 0,9%, encontrando suporte na queda do dólar frente ao real para se recuperar após fechar no vermelho nos últimos três pregões, perdendo no intervalo cerca de 8%. No mês, a queda chega a 14,6%.
- CIELO valorizava-se 2,3%, após três pregões seguidos de perdas, período em que acumulou queda de 3,9%. Na última sexta-feira, a empresa de meios de pagamentos disse que a norte-americana First Eagle Investment Management elevou a participação na companhia para 5,37%.
- KROTON caía 1,3% dando continuidade à trajetória negativa amplificadas pela divulgação do balanço do segundo trimestre na semana passada, que ficou aquém das expectativas no mercado. YDUQS (ex-Estácio) cedia 1,1%.
- JBS perdia 1,1%, após atingir cotação recorde de fechamento na última sexta-feira, com o ganho acumulado no mês chegando a 16,9%.
- VALE avançava 1,2%, endossando a melhora no pregão brasileiro, apesar da queda dos contratos futuros de minério de ferro na China e tendo de pano de fundo também exercício de opções.
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,5%, enquanto BRADESCO PN cedia 0,6%.