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Bolsa: fim de ano tumultuado

A terça-feira começa com uma dúvida no mercado financeiro: afinal, para onde vai a bolsa? Ontem, o Ibovespa caiu 2,19% em meio ao cenário político conturbado, fechando em seu menor patamar desde o fim de setembro – nos 59.178 pontos. No auge do otimismo – no fim de outubro – o índice chegou próximo dos 65.000 pontos. […]

IBOVESPA: após chegar próximo dos 65.000 pontos o índice caiu até fechar os 59.178 pontos nesta segunda-feira / EXAME Hoje

IBOVESPA: após chegar próximo dos 65.000 pontos o índice caiu até fechar os 59.178 pontos nesta segunda-feira / EXAME Hoje

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 19h42.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.

A terça-feira começa com uma dúvida no mercado financeiro: afinal, para onde vai a bolsa? Ontem, o Ibovespa caiu 2,19% em meio ao cenário político conturbado, fechando em seu menor patamar desde o fim de setembro – nos 59.178 pontos. No auge do otimismo – no fim de outubro – o índice chegou próximo dos 65.000 pontos. Agora, um grupo crescente de analistas se questionar se a alta acumulada de 36% do ano pode sofrer novos reveses.

Como era de se esperar, não há consenso: há quem projete o índice nos 65.000 pontos e quem estime que ele terminará 2016 próximo dos 56.000. Do lado dos otimistas está o analista Rafael Ohmachi, da corretora Guide. Para ele a aprovação da PEC do Teto (que deve acontecer nesta terça-feira) e o andamento da reforma da Previdência devem levar a novas altas. “Isso é o que mais interessa, os andamentos dessas medidas para recuperar a economia”, afirma. Neste cenário, ações do setor de infraestrutura poderiam voltar ao cenário precificando uma melhora da economia. As exportadoras de papel e celulose (Fibria, Suzano e Klabin) podem continuar a subir com a melhora do preço da celulose no exterior. Além disso, o setor de alimentos (JBS, Marfrig e BRF) pode melhorar com a baixo do preço de insumos como o milho – que disparou este ano por conta da baixa safra.

Mas há quem projete um cenário mais pessimista. Para Eduardo Moreira, sócio da Brasil Plural e colunista de EXAME Hoje, o cenário ainda conturbado pode levar o Ibovespa próximo dos 56.000 pontos para o fim do ano. A esperança, para Moreira, está em 2017, quando o Ibovespa pode chegar ao patamar dos 70.000. “Entraremos 2017 com um cenário horroroso, mas com reformas que são mudanças de paradigma. Além disso, os Estados Unidos não serão o desastre anunciado e a China seguirá sem ruptura”, afirma. O mercado mal pode esperar pelo réveillon.

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