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Bolsa mergulha no final do dia com pressão sobre as construtoras

Mercado intensifica as perdas no final do pregão antes da decisão do BC americano amanhã

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 18h04.

São Paulo – As bolsas nos EUA e no Brasil intensificaram as perdas no final do pregão desta terça-feira após um dia bastante volátil. O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 1,27%, aos 56.378 pontos. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq 100 – após subirem ao longo do pregão – recuaram 0,17% e 0,86. O Dow Jones resistiu e terminou em alta de 0,07%. O dólar comercial ganhou 0,8% e fechou a 1,7908 real, o maior fechamento do dólar desde 1º de julho de 2010.

O destaque da sessão ficou com as ações ligadas ao setor imobiliário. A pior do dia foi a Brookfield (BISA33). Os papéis recuaram 7,22%, para 6,04 reais. O mercado ficou ressabiado com o resultado do IPCA-15 de hoje, que mostrou uma aceleração do resultado de agosto (0,27%) para setembro (0,53%).

“O mercado faz esse link da taxa de juros com a performance das construtoras, mas não há nada novo que explique a movimentação na parte final do pregão”, afirma Armando Halfeld, analista de construção civil da Ativa Corretora. Os contratos de juros futuros de janeiro de 2013 subiram 5 pontos-base, para 10,69%. As taxas mais longas, de janeiro de 2017, avançaram 9 pontos-base, para 11,62%.

Setor imobiliário lidera quedas
Empresa Código Preço (R$) Var. (%)
Brookfield BISA3 6,04 -7,22%
PDG PDGR3 6,45 -6,79%
Marfrig MRFG3 7,18 -6,75%
B2W BTOW3 16,09 -6,67%
Fibria FIBR3 16,85 -6,28%
Rossi RSID3 10,14 -6,28%
Cyrela CYRE3 12,9 -6,18%
MRV MRVE3 11,11 -6,09%
Gafisa GFSA3 6,49 -6,08%
Natura NATU3 32,3 -5,97%

Natura

As ações da Natura (NATU3) caíram 5,97% após o Goldman Sachs reduzir a recomendação às ações de “manter” para “vender”. Em relatório, as analistas Irma Sgarz e Rachel Rodrigues explicam que os ventos contrários de estrutura e competitividade estão se intensificando, elevando as incertezas sobre o crescimento da companhia no médio prazo.


“O desaquecimento na expansão das vendas da companhia já se tornaram evidentes nos resultados do primeiro semestre de 2011”, destacam as analistas. Elas estabeleceram o preço-alvo de 35,90 reais em 12 meses, o que implica em um potencial de valorização de apenas 4,51% frente à cotação de 34,35 reais vista no fechamento do pregão de ontem.

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EUA e Grécia

Os investidores ainda estão de olho no BC americano, que pode revelar um novo plano amanhã para estimular a economia do país e, em decorrência disso, dar uma animada nas bolsas em todo o mundo. A expectativa é grande porque o presidente do Fed, Ben Bernanke, já disse que está pronto para usar e que possui as ferramentas necessárias para oferecer um estímulo adicional.

A reunião do comitê de política monetária, que normalmente tem um dia, foi estendida em mais um justamente para debater um plano. O juro deve ser mantido no intervalo entre 0 e 0,25% ao ano. Além disso, o mercado operou sobre um rumor de que a União Europeia e o FMI poderiam esperar até o início de outubro para decidir sobre uma nova ajuda à Grécia.

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