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Bolsa lidera ranking de investimentos em fevereiro

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) teve alta de 9,97% no mês. No ano, porém, a valorização é inferior, de 3,15%.

O IBovespa é apenas um, dos 14 índices negociados atualmente pela BM%26FBOVESPA (.)

O IBovespa é apenas um, dos 14 índices negociados atualmente pela BM%26FBOVESPA (.)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 08h48.

São Paulo - Depois de três meses na lanterna das aplicações financeiras, a Bolsa foi o investimento mais rentável em fevereiro. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - teve alta de 9,97% no mês. No ano, porém, a valorização é inferior, de 3,15%.

A retomada da Bovespa veio a reboque da melhora no cenário internacional. "O mercado global foi muito bem em fevereiro. A maioria das bolsas fechou em alta, sobretudo com a perspectiva de solução para a crise da Grécia e a indicação do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) de que será cauteloso no aumento dos juros", afirma Fabio Colombo, administrador de investimentos. "Além disso, a Bolsa vinha de quedas muito fortes, então é natural um alívio em sequência."

A segunda aplicação mais rentável foi o dólar comercial, com alta de 6,37% em fevereiro. Em 12 meses, no entanto, a valorização da moeda americana já é de 23%, puxada pela preocupação com o ajuste fiscal do governo e com a crise na Petrobrás, que teve a nota de crédito rebaixada pela Moody’s na terça-feira.

"O futuro do dólar é incerto, e está relacionado com o compromisso do governo em relação a ajustes fiscais, a fazer medidas que promovam o crescimento da economia e demonstrem credibilidade", diz Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.

A renda fixa teve pequena valorização em fevereiro, de 0,6%, abaixo do CDB e dos fundos DI, que avançaram, respectivamente 0,76% e 0,66%. "A renda fixa não teve um bom desempenho porque, apesar de o governo vir aumentando as taxas nominais (de juros), a inflação está bem mais pressionada no curto prazo", diz Fabio Colombo. "Quando você tira o Imposto de Renda e a taxa de administração, o que sobra para o investidor é muito pouco, menos de 3%."

Para Viriato, nos próximos meses, pequenos e médios investidores têm de ser mais cautelosos, uma vez que o rumo da Bolsa ainda é nebuloso. "Até o meio do ano pelo menos, quando talvez haja uma visão mais clara sobre a economia, é preciso que investidor seja mais conservador", diz. "Algumas opções são títulos referenciados ao CDI, CDBs ou títulos referenciados à inflação de curto prazo."

A poupança rendeu 0,58% no mês e acumula 1,2% no ano.

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