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Bolsa interrompe sequência de recordes e tem 1ª queda em seis pregões

Apesar da baixa, índice renovou maior pontuação intradiária ao bater 111.453,05 pontos

Ibovespa: Bolsa cai após cinco pregões de alta, mas renova recorde intradiário (Getty Images/Getty Images)

Ibovespa: Bolsa cai após cinco pregões de alta, mas renova recorde intradiário (Getty Images/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 18h20.

Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 17h54.

São Paulo - O Ibovespa não conseguiu manter o ritmo de alta do início do pregão desta segunda-feira (9) e encerrou em queda de 0,13%, em 110.977,23 pontos, após renovar a maior pontuação intradiária ao alcançar 111.453,05 pontos por volta das 12h30. O resultado colocou um ponto final na sequência de altas que levou o principal índice da Bolsa a três recordes consecutivos na última semana.

O movimento de baixa, em linha com os mercados ocidentais, ocorre mesmo após o governo chinês afirmar que espera chegar a um acordo comercial com os Estados Unidosassim que possível”. Na ásia, as bolsas tiveram dia levemente positivo, apesar da China ter reduzido o volume de exportações, em novembro, pelo quarto mês seguido.

Economistas atribuem o menor volume de exportação do país à guerra comercial, que deve ganhar novos capítulos até o fim de semana, visto que uma nova rodada de tarifas por parte do governo americano está programada para domingo (15). Investidores esperam que, até lá, os dois países cheguem a um consenso, mesmo que preliminar.

As decisões sobre as políticas monetárias dos EUA e do Brasil, marcadas para quarta-feira (11), também estão no radar. Enquanto os investidores esperam que o Federal Reserve mantenha os juros entre 1,5% e 1,75%, por aqui, a expectativa é de mais um corte de 0,5 ponto percentual. Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro endossou o desejo de que a taxa Selic encerre o ano em 4,5% contra os atuais 5%.

Na Bolsa, as ações da administradora de programa de fidelidade Smiles dispararam 19,72% e lideraram as altas do Ibovespa, após a empresa anunciar uma reorganização societária com sua controlada, a GOL. Como parte da operação, a companhia aérea se comprometeu a comprar os papéis da Smiles por valor cerca de 30% acima do cotado no encerramento do pregão de sexta-feira (6). 

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Por meio de fato relevante, a Smiles afirmou que a chegada de novos concorrentes, como as fintechs, tem tornado o cenário cada vez mais desafiador no segmento. O Grupo GOL espera reduzir os custos com a reorganização societária e melhorar a coordenação de ofertas. No comunicado, a empresa também disse que a existência de governanças e bases acionárias distintas tem sido um “obstáculo” para a realização de investimentos.

Para o plano sair do papel ainda é necessário a aprovação da maioria dos sócios minoritários da Smiles. Para analistas da Guide Investimentos, a operação beneficia tanto os acionistas da Smiles, que poderão trocar suas ações por um valor maior ao oferecido pelo mercado, quanto os da GOL, que receberão a mais cerca de 0,40 reais por ação. Nesta segunda, os papéis da GOL chegaram a subir 5,4% e fecharam em alta de 1,75%.

Entre os principais itens da carteira do Ibovespa, a maior valorização ficou a cargo das ações do Itaú, que subiram 1,95%, tendo como pano de fundo o IPO da XP Investimentos, que será realizado na quarta-feira (11), na Nasdaq. O banco, atualmente, é dono de 49,9% das ações da corretora e pode se beneficiar caso os papéis da XP tenham forte valorização. No mercado, há forte expectativa de que o IPO da corretora seja um sucesso em termos de valorização 

Também com forte peso no índice, os papéis da Petrobras tiveram dia dúbio na bolsa, com seus papéis ordinários registrando alta de 0,5% e os preferenciais em baixa de 0,46%%.

No entanto, entre as maiores quedas do índice, destacam-se as ações da Yduqs, ex-Estácio, que caíram 3,83%, após avançar 5,47% na última sexta.

Entre os frigoríficos, o dia também foi de baixas. A JBS, maior produtora de proteína animal do mundo, recuou 3,35% na Bolsa. Recentemente, a companhia afirmou que pretende realizar oferta de ações nos Estados Unidos, mas negou que pretende mudar sua sede para lá. Já a Marfrig caiu 2,07%, após anunciar follow-on, que deve contar com a venda das ações que o BNDES possui. 

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