BOVESPA: depois de chegar perto dos 70.000, bolsa recuou para a cara dos 64.000 esta semana / Germano Lüders (Germano Lüders/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2016 às 17h31.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h43.
Os últimos meses do ano têm a fama de serem de alta para a bolsa – é o chamado rali de fim ano, com investidores já de olho no ano seguinte. Mas novembro chegou com uma queda de 2,4% no Ibovespa e uma valorização de 1,6% no dólar. As notícias que provocaram a queda desta terça-feira vieram principalmente de fora. Uma pesquisa nos Estados Unidos mostrou, pela primeira vez desde maio, o candidato republicano Donald Trump à frente da democrata Hillary Clinton na corrida presidencial, com 46% a 45%.
“Não dá para esquecer também que o Ibovespa subiu muito nos últimos dias. Como hoje é véspera de feriado, o dia foi de realização. Muitos investidores não querem correr o risco de ter uma surpresa vinda lá de fora enquanto a bolsa aqui está fechada”, afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide. Na segunda-feira 31, vale lembrar, o Ibovespa chegou a 64.924 pontos – o maior patamar desde março de 2012 e acumulou uma alta de 11,2% só em outubro.
Entre as notícias que podem surgir, amanhã o banco central americano decidirá sobre a taxa de juros no país. Ainda que uma elevação de juros seja tida como pouco provável, ninguém quer correr risco.
Para até o fim do ano, analistas mais otimistas projetam que a bolsa pode alcançar os 69.000 pontos, ante os 63.300 atuais. Para isso acontecer, além das eleições e da taxa de juros americanas, pode pesar ainda a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo marcada para o fim de novembro, que prevê um acordo para reduzir a produção do petróleo. A implicação de ministros na operação Lava-Jato também continua sendo um risco no campo político. O rali este ano veio com uma dose extra de emoção.