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Bolsa fecha o mês em alta de 10,8% com avanço do Bradesco e aval do Fed

Ibovespa subiu 0,41% nesta quinta-feia (31) e no decorrer do dia chegou a superar os 98 mil pontos pela primeira vez

Bolsa: Ibovespa fechou o dia a 97.393,74 (NurPhoto/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa fechou o dia a 97.393,74 (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 18h14.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 18h44.

O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quinta-feira, chegando a superar 98 mil pontos pela primeira vez, em movimento chancelado pela sinalização moderada do Federal Reserve sobre a normalização monetária nos EUA e guiado pelas ações do Bradesco após balanço e previsões.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,41 por cento, a 97.393,74 pontos, segundo dados preliminares, novo recorde de fechamento. Na máxima, atingiu 98.405,21 pontos. O volume financeiro totalizava 19,66 bilhões de reais.

Em janeiro, o Ibovespa acumulou alta de 10,8% por cento, melhor desempenho mensal em um ano.

Na véspera, o Fed manteve o juro na faixa de 2,25 a 2,5 por cento ao ano e prometeu ser paciente em elevar as taxas neste ano, além de afirmar que estaria preparado para interromper o processo de redução do balanço - processo de venda de títulos do governo que estão no seu ativo.

"A declaração do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed) trouxe mudanças importantes que efetivamente colocaram o Fed em uma posição neutra", afirmou o UBS em nota a clientes.

O mercado doméstico estendeu a reação de quarta-feira à sinalização do BC norte-americano e manteve a trajetória de alta nesta sessão, enquanto Wall Street tinha uma sessão mista.

Agentes financeiros atribuem parte relevante do desempenho positivo de ativos de mercados emergentes neste começo de ano à perspectiva de prolongamento do ambiente de elevada liquidez global, em particular as manifestações recentes do Fed e seus membros, apesar das preocupações com a desaceleração global.

No caso do Brasil, os ganhos ainda são apoiados por perspectivas otimistas para o andamento de reformas, em particular a da Previdência, considerada crucial para melhora a situação fiscal do país.

Prognósticos favoráveis para a temporada de balanço no Brasil referendam o viés ascendente, entre eles o dos estrategistas do Santander Brasil, que aguardam resultados operacionais fortes da temporada.

"O Ibovespa só não teve um desempenho melhor em razão da volatilidade com os papéis da Vale", afirmou o gestor Marco Tulli, da mesa de Bovespa da corretora Coinvalores em São Paulo.

Destaques

- BRADESCO PN subiu 5,65 por cento, a 45,26 reais, máxima histórica de fechamento, após alta anual de 19,9 por cento no lucro do quarto trimestre, acima das previsões de analistas, com o banco definindo metas mais agressivas para 2019 e mostrando interesse por ativos que possam ser privatizados.

- ITAÚ UNIBANCO valorizou-se 1,73 por cento, a 38,78 reais, também cotação recorde de fechamento. O maior banco privado do país apresenta seu desempenho trimestral na próxima segunda-feira, após o fechamento do pregão. SANTANDER BRASIL UNIT , que divulgou balanço na véspera, subiu 0,15 por cento e BANCO DO BRASIL , que divulga os seus em março, teve acréscimo de 2,53 por cento, para a maior cotação de fechamento de sua história, de 51,86 reais.

- VALE cedeu 2,36 por cento, perdendo o fôlego do começo do pregão, conforme investidores continuam avaliando os potenciais impactos da tragédia com rompimento de uma barragem da mineradora que matou pelo menos 99 pessoas. A empresa adiou a divulgação do balanço do quarto trimestre para 27 de março, ante previsão anterior de divulgação em 13 de fevereiro.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 0,16 por cento, em sessão sem tendência firme dos preços do petróleo, com o noticiário da petrolífera incluindo a venda da refinaria em Pasadena, no Texas, à norte-americana Chevron e o comportamento das reservas provadas de petróleo e gás da companhia.

- TIM avançou 3,08 por cento, após relatório do Itaú BBA adicionando os papéis em seu portfólio 'Buy List' de Brasil, substituindo os papéis da BRADESPAR . "A TIM vem apresentando melhorias sólidas de crescimento e eficiência, levando a uma expansão de margem contínua para máximas recordes", citou em relatório a clientes.

- ESTÁCIO caiu 4,31 por cento, em ajuste após forte alta neste mês, de 36,8 por cento no acumulado até a véspera. Analistas do Itaú BBA esperam novo declínio nas margens da empresa de educação no quarto trimestre em razão de provisões de inadimplência sazonalmente altas. A companhia divulga balanço em 14 de março. KROTON cedeu 4,27 por cento.

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