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Bolsa fecha dia em alta, apesar de primeira queda semanal do ano

Apesar de recuar 2,57% na semana, bolsa paulista encerrou o pregão de sexta-feira com alta de 0,99% a 95.343,10 pontos

Ibovespa: Bolsa apresentou queda de 2,57% nesta semana (NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: Bolsa apresentou queda de 2,57% nesta semana (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 18h06.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 18h45.

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em alta nesta sexta-feira, resistindo ao viés negativo no exterior, em meio à reação das ações da Vale e ao avanço de papéis de bancos, mas teve a primeira perda semanal desde dezembro de 2018.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,99 por cento, a 95.343,10 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro da sessão somava 16,16 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,57 por cento, encerrando sequência de seis semanas de alta, período em que contabilizou um ganho de quase 14 por cento.

Para o chefe de renda variável e derivativos da assessoria de investimentos Monte Bravo, Bruno Madruga, após seis semanas de valorização, era de se esperar uma correção, que pode ter acontecido nessa semana.

"Isso não muda nossa expectativa positiva para a bolsa, mas sabemos que o mercado não vai subir em 'linha reta'", afirmou Madruga, chamando a atenção para potenciais ruídos relacionados à reforma da Previdência e embate comercial EUA-China.

No caso da Previdência, agentes financeiros citam que o mercado já sente o desconforto com o tempo que a aprovação da reforma da Previdência tomar no Congresso, abrindo espaço para ruídos e negociações.

Também a saúde do presidente Jair Bolsonaro, que segue internado em São Paulo, é acompanhada no mercado, uma vez que a definição do texto a ser apresentado depende de sua aprovação.

No exterior, o humor nos negócios era minado por algum ceticismo quanto a um acordo comercial entre Estados Unidos e China antes de prazo estabelecido entre os dois países para 1º de março, reforçando preocupações sobre o crescimento global.

Wall Street tinha os principais índices acionários no vermelho nesta tarde, com o Dow Jones em baixa de 0,59 por cento e o S&P 500 perdendo 0,21 por cento.

Destaques

- VALE fechou em alta de 3,77 por cento, após renovar mínima intradia desde abril de 2018 no pior momento da sessão, a 40,51 reais, com operadores atribuindo a reação a apostas positivas para a reabertura do mercado chinês após uma semana fechado por feriado naquele país, além de potenciais compras para cobrir posições vendidas. Na semana, contudo, os papéis acumularam queda de 6,7 por cento, ainda afetados pelos desdobramentos da tragédia em Minas Gerais.

- SABESP encerrou em alta de 6,08 por cento, acelerando os ganhos no final do pregão, em meio a expectativas relacionadas à privatização e capitalização da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,14 por cento, em sessão bastante positiva para bancos. BRADESCO PN encerrando em alta de 1,06 por cento, tendo como pano de fundo proposta de elevar o capital do banco em 8 bilhões de reais com bonificação de ações na proporção de 2 novos papéis para cada 10 detidos pelos investidores. BANCO DO BRASIL avançou 0,14 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT fechou com acréscimo de 2,47 por cento.

- KLABIN UNIT caiu 1,73 por cento, entre as maiores quedas, após teleconferência da empresa sobre o resultado, em que afirmou estar bastante avançada em estudos para novo ciclo de investimentos em crescimento, embora sem cronograma definido. No setor, SUZANO fechou em baixa de 1,36 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 0,16 por cento, acompanhando a melhora dos preços do petróleo no exterior.

- LOJAS RENNER encerrou com acréscimo de 0,35 por cento, depois de divulgar o balanço do quarto trimestre, quando a receita líquida subiu 16,8 por cento, para 2,595 bilhões de reais, além de prever aumento de 15 por cento nos investimentos este ano. Para a Brasil Plural, o resultado mostrou uma combinação muito bem-vinda de crescimento de receitas e ganhos de margem.

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