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Bolsa ensaia melhora e sobe apesar de receio político; Eletrobras avança

Às 12:06, o Ibovespa subia 1,55 por cento, a 93.330,07 pontos

B3: bolsa paulista ensaiava melhora nesta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)

B3: bolsa paulista ensaiava melhora nesta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2019 às 10h32.

Última atualização em 28 de março de 2019 às 12h30.

São Paulo — A bolsa paulista ensaiava melhora nesta quinta-feira, com bancos entre os principais suportes, em sessão de ajustes após forte declínio na véspera, embora permaneçam receios com o ambiente político, principalmente potenciais complicações no andamento da reforma da Previdência.

Eletrobras figurava entre os destaques positivos, após encerrar 2018 com o melhor resultado em 20 anos e com os números do quarto trimestre superando, expectativas enquanto Vale oscilava perto da estabilidade, com comentários de executivos no radar após balanço conhecido na noite de quarta-feira.

Às 12:06, o Ibovespa subia 1,55 por cento, a 93.330,07 pontos. O volume financeiro somava 6,46 bilhões de reais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 3,57 por cento na quarta-feira, para 91.903,40 pontos.

Personificada nos presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vêm trocando farpas publicamente nos últimos dias, a crise tem preocupado pelos riscos à tramitação do texto que muda regras das aposentadorias.

Parlamentares ouvidos pela Reuters avaliam que o ambiente político precisará de tempo para se acalmar, desde que não haja mais nenhum sobressalto na relação entre Executivo e Legislativo e que o governo se empenhe na articulação.

"A cada dia tem aumentado o pessimismo em relação à tramitação da reforma da Previdência e os temores de que esse clima bélico entre o Planalto e a principal liderança da Câmara pode colocar tudo a perder", avalia a Coinvalores, mantendo, contudo, viés otimista para a bolsa no médio e longo prazos.

"O caminho até a aprovação da reforma deve ser bastante ruidoso, trazendo muita volatilidade para a bolsa no curto prazo, ainda assim, as posições do governo e das lideranças no Congresso continuam favoráveis à reforma", afirmou a equipe da corretora em nota a clientes.

No cenário externo, preocupações com o ritmo do crescimento global continuam presentes nos negócios, com novidades mais positivas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China ajudando a sustentar as bolsas norte-americanas no azul. O S&P subia 0,37 por cento.

Destaques

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiam 4,36 e 3,75 por cento, respectivamente, após reportar lucro líquido de 12,07 bilhões de reais no quarto trimestre de 2018, garantindo um resultado positivo de 13,3 bilhões de reais no ano passado. Analistas do Santander Brasil consideraram os números fortes.

- VALE tinha acréscimo de 0,14 por cento, após divulgar lucro líquido de 14,485 bilhões de reais no quarto trimestre, quase seis vezes o registrado um ano antes, mas considerado de modo geral em linha com o esperado no mercado. Também no radar estavam declarações de executivos da mineradora de que a empresa poderá deixar de vender até 75 milhões de toneladas de minério de ferro em 2019, como consequência dos cortes de produção relacionados ao desastre de Brumadinho (MG).

- BRADESCO PN avançava 3,21 por cento, favorecendo a recuperação do Ibovespa, assim como ITAÚ UNIBANCO PN subia 2,65 por cento, BANCO DO BRASIL tinha elevação de 2,91 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT valorizava-se 1,85 por cento.

- PETROBRAS PN mostrava alta de 0,99 por cento, apesar do declínio nos preços do petróleo no mercado externo, acompanhando a melhora no pregão paulista. PETROBRAS ON subia 1,22 por cento.

- SUZANO cedia 1,94 por cento, após alta na véspera, em sessão negativa para o setor de papel e celulose, com KLABIN UNIT em baixa de 0,41 por cento.

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