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Bolsa deve continuar instável nesta semana

Analista vê Ibovespa ainda em mercado de baixa e com volatilidade

Indicadores sobre a economia americana deverão balizar as negociações nesta semana (Getty Images)

Indicadores sobre a economia americana deverão balizar as negociações nesta semana (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2011 às 19h31.

São Paulo – A bolsa deve seguir instável e continuar volátil nesta semana, avaliam analistas. “Para a próxima semana é esperado ainda volatilidade nos mercados bursáteis, com as expectativas em torno do plano de reforma fiscal do governo grego”, afirma Hamilton Moreira Alves, estrategista do BB Investimentos.

A bolsa recuou 1,01% na semana passada, para 62.596 pontos, em mais uma semana complicada para o mercado brasileiro. “A semana que passou trouxe alguns dados que contribuíram para a piora do balanço de riscos global”, analisa José Francisco Cataldo Ferreira, economista e estrategista da Ágora Corretora.

Segundo Alves, o índice ainda está em “bear market” (mercado de baixa), tendo agora suporte mais forte em torno dos 61 mil pontos, que marcaria seu segundo “divisor de águas”. Ao quebrar essa barreira, a bolsa buscaria um patamar dos 57.600 pontos. A primeira resistência está em 63.500 pontos, explica.

“A instabilidade deve permanecer principalmente no que diz respeito à Europa. Com o momento conturbado que vive o FMI, fica difícil a elaboração de medidas voltadas à recuperação da Grécia, Irlanda e Portugal”, explica Marco Antonio Ozeki Saravalle, analista da Coinvalores.

Na segunda-feira (23), o mercado acompanha a publicação do indicador de atividade industrial do Federal Reserve (BC americano) de Chicago. Na terça-feira (23), os investidores conhecem os dados de vendas de casas novas. A quarta-feira (24) traz os números dos pedidos de bens duráveis à indústria. O PIB do primeiro trimestre deve chamar a atenção na quinta-feira (25) e, na sexta-feira (26), é a vez dos dados de renda e gastos pessoais, além do indicador de confiança do consumidor da Universidade de Michigan.

No Brasil, os destaques ficam com a balança comercial (23), a nota do Setor Externo (25) e a taxa de desemprego (26).

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