Mercados

Bolsa de Tóquio perde 1,5%, com valorização do iene

O Nikkei perdeu 142,19 pontos

Índice Nikkei, da bolsa de valores de Tóquio, no Japão (Getty Images)

Índice Nikkei, da bolsa de valores de Tóquio, no Japão (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 06h21.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio, no Japão, fechou em baixa pelo quinto pregão seguido nesta segunda-feira. A renovada valorização do iene, após os decepcionantes dados sobre o emprego nos Estados Unidos (payrool), pesaram nas ações de exportadoras como Nissan Motor e Nikon, que lideraram a queda. Já a inflação CPI chinesa prejudicou os papéis ligados à China, caso da Hitachi Construction Machinery e Komatsu.

O Nikkei perdeu 142,19 pontos, ou 1,5%, e terminou aos 9.546,26 pontos, após queda de 0,8% na sessão de sexta-feira. O volume de negociações foi novamente fraco, com 1,6 bilhão de ações, o menor nível desde 16 de janeiro, outra vez com muitos mercados asiáticos fechados devido a feriado.

O índice abriu em baixa, mantendo-se no campo negativo durante todo o pregão, após um payroll americano bem mais fraco do que o esperado na sexta-feira.

Kazuhiro Takahashi, diretor de estratégia de investimentos e pesquisas da Daiwa Securities, disse, contudo, que "ainda há melhoria nas condições de emprego dos EUA, conforme os sólidos números sobre o desemprego divulgado na quinta-feira". Ele acrescentou que o sentimento do mercado não se deteriorou muito. Expectativas de uma flexibilização adicional do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também derem suporte ao sentimento do investidores, com o foco no discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, no final do dia.

Tomoichiro Kubota, analista de mercado da Matsui Securities, afirmou que os investidores irão provavelmente continuar a assumir uma postura de esperar para ver no curto prazo em relação aos lançamentos de dados econômicos da China, como o PIB e a produção industrial, que serão divulgados na sexta-feira. Ele observou que a leitura do CPI de março aumentou as preocupações de que Pequim pode achar difícil flexibilizar sua economia, enquanto o mercado continua preocupado com a desaceleração do crescimento global.

Os investidores também irão acompanhar o resultado da reunião de política monetária do Banco do Japão (BOJ), que termina amanhã, embora o mercado não espere que o banco central japonês adote medidas adicionais de flexibilização no curto prazo, afirmou o analista Kubota.

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol